quinta-feira, 15 de setembro de 2011

RESPOSTA DA DENUNCIA QUE FIZ DA SALA DE INFORMÁTICA FECHADA PARA ALUNOS NO COLÉGIO

Em atendimento aos pontos abordados pela servidora esclareço que o Técnico de Suporte do NTE, servidor que acompanha os trabalhos nos Laboratórios de Informática das EScolas, informou a real situação da Escola, sendo:
* Em todas as visitas feitas à escola não ouviu reclamações de que a sala não estava sendo usada, sempre vê trabalho no laboratório;
*Não tem conhecimento desse fato, tendo o mesmo utilizado a sala para treinamento e voltará a usar daqui um mês novamente;
*Se realmente os alunos não estivessem utilizando os computadores os mesmos não apresentariam defeitos, pois já foi solicitada sua presença por várias vezes na escola para reparo e manutenção e com certeza já teriam me falado com o mesmo;
*Os novos computadores ainda não foram instalados porque A ESCOLA ESTAVA PROVIDENCIANDO OUTRA SALA DE INFORMÁTICA para que os novos computadores fossem instalados no lugar dos antigos e esses levados à nova sala E SOMENTE AGORA QUE FICOU PRONTO, O DIRETOR COMUNICOU ONTEM NA REUNIÃO EM MANHUAÇU PARA PROVIDENCIARMOS A INSTALAÇÃO. Sendo assim entrará em contato com a POSITIVO informando que está tudo pronto, assim eles liberam para que possa configurar e instalar os equipamentos.
Diante do exposto pelo técnico que acompanha a escola esclareço que NÃO PROCEDE A RECLAMAÇÃO DA SERVIDORA.
Maria Geralda Vilela Cupertino
Diretora da SRE de Manhuaçu

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A sala de informática do colegio de lajinha, criada sob a direção da ex-diretora Neura pereira da silva, tem dezenas de computadores ligados a internet mas está fechada ha mais de 2 anos. Os alunos não tem acesso a sala pra nada. Ja fiz inúmeras denuncias à SEE,SRE e Inspeção Escolar e até hoje nada feito. Vamos mobilizar a sociedade pra cobrar o que é direito nosso?

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

PAULO FREIRE CONSCIENTIZAÇÃO TEORIA E PRÁTICA DA LIBERTAÇÃO




CURSO DE FORMAÇÃO ESPECIAL
DISCIPLINA: Gestão do Sistema Educacional
PROFESSOR(A): MARIA GEISA MORAIS LINS
Aluna – Maria Ângela Afonso Pereira


PAULO FREIRE
CONSCIENTIZAÇÃO
TEORIA E PRÁTICA DA LIBERTAÇÃO
UMA INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO DE PAULO FRERE
SÃO PAULO - ED. CORTEZ & MORAES LTDA, 1979
Paulo Freire: conscientização: teoria e prática da libertação


INTRODUÇÃO
Peço licença para iniciar colocando um poema que recitei no seminário que participei sobre Paulo Freire quando eu era estudante de Pedagogia em 1984.
A meu ver o poema diz tudo sobre o autor e essa obra magnífica.


CANÇÃO PARA OS FONEMAS DA ALEGRIA
(Thiago de Mello)

Peço licença para algumas coisas.
Primeiramente para desfraldar este canto de amor publicamente.
Sucede que só sei dizer amor quando reparto o ramo azul de estrelas que em meu peito floresce de menino.
Peço licença para soletrar,no alfabeto do sol pernambucano,
a palavra ti-jo-lo, por exemplo,e poder ver que dentro dela
vivem paredes, aconchegos e janelas,
e descobrir que todos os fonemas são mágicos sinais que vão se abrindo:
constelação de girassóis gerando em círculos de amor
que de repente estalam como flor no chão da casa.
Às vezes nem há casa: é só o chão.
Mas sobre o chão quem reina agora é um homem diferente,
que acaba de nascer:
porque unindo pedaços de palavras
aos poucos vai unindo argila e orvalho,tristeza e pão, cambão e beija-flor,
e acaba por unir a própria vida no seu peito partida e repartida
quando afinal descobre num clarão
que o mundo é seu também,
que o seu trabalho não é a pena que paga por ser homem,
mas um modo de amar e de ajudar o mundo a ser melhor.
Peço licença para avisar que, ao gosto de Jesus,este homem renascido é um homem novo:
ele atravessa os campos espalhando a boa-nova,
e chama os companheiros a pelejar no limpo, fronte a fronte,contra o bicho de quatrocentos anos, mas cujo fel espesso não resiste a quarenta horas de total ternura.
Peço licença para terminar soletrando a canção de rebeldia que existe nos fonemas da alegria:
canção de amor geral que eu vi crescer nos olhos do homem que aprendeu a ler.
Santiago do Chile,verão de 1964.

TRANSCRIÇÕES DO AUTOR.

[...] a educação, como prática da liberdade, é um ato de conhecimento, uma aproximação crítica da realidade. p. 25
De imediato a realidade não se dá aos homens como objeto do conhecimento por seu pensamento crítico. Inicialmente a idéia normal que o homem tem do mundo, é uma idéia ingênua e não crítica. Esta espontaneidade aproxima o homem da realidade e tem a idéia da experiência da realidade na qual ele procura. p. 26
A atividade prática, a ação, o exercício, a conscientização não pode existir sem a ação-reflexão. Esta discussão é uma unidade permanente e faz parte do modo de ser ou de transformar o mundo que caracteriza os homens. Por isso, a conscientização é um compromisso, uma consciência histórica: implica nos homens assumirem o papel de sujeitos que constroem o mundo e sua existência com um material que a vida lhes oferece. p. 26
Essa conscientização, como atitude crítica dos homens na história, é um processo interminável. Os homens, seres atuantes, não podem aceitar um mundo “feito”, para não serem submersos numa nova obscuridade. p. 27
[...] o processo de alfabetização política – como o processo linguístico – pode ser uma prática para a “domesticação dos homens”, ou uma prática para sua libertação. [...] Daí uma ação desumanizante, de um lado, e um esforço de humanização, de outro. p. 27
A conscientização nos chama para assumir uma posição utópica frente ao mundo, posição esta que converte o conscientizado em “fator utópico”. O utópico é realizável, não é idealismo, é o ato de denunciar a estrutura desumanizante e anunciar a estrutura humanizante. Assim a utopia é um compromisso. p. 27
A utopia é um conhecimento crítico, pois para denunciar a estrutura desumanizante é preciso conhecê-la. Não posso anunciar o que não conheço. O anúncio de um anteprojeto é, na prática, o anteprojeto que se torna projeto. Atuando que posso transformar anteprojeto em projeto, por meio da práxis e não por meio do blábláblá. p. 28
Entre o anteprojeto e o momento da realização ou da concretização, há um tempo histórico que devemos criar e fazer; é o tempo das transformações que devemos realizar; é o tempo do meu compromisso histórico. [...] Somente podem ser proféticos os que anunciam e denunciam, comprometidos permanentemente num processo radical de transformação do mundo, para que os homens possam ser mais. Os homens reacionários, opressores não podem ser utópicos nem ser proféticos e, portanto, não podem ter esperança. p. 28
Os homens se encontram submersos em condições espaço-temporais que influem neles e que eles igualmente influem. [...] Refletirão sobre seu caráter de seres situados, na medida em que sejam desafiados a atuar. Quanto mais refletirem de maneira crítica sobre sua existência e atuarem sobre ela, serão mais homens. p. 33
[...] A resposta que o homem dá a um desafio não muda só a realidade com a qual se confronta: a resposta muda o próprio homem, cada vez um pouco mais, e sempre de modo diferente. [...] pela ação e na ação, é que o homem se constrói como homem. p. 37

PRÁTICA DA LIBERTAÇÃO
No inicio, ao invés de lutar pela liberdade, os oprimidos tendem a converter-se em opressores. As contradições da situação existencial concreta os manipula. Seu ideal é ser homem opressor: seu modelo de humanidade. Esta idéia vem de que os oprimidos, num certo tempo, adota uma atitude de “adesão” em relação ao opressor sendo impossível “vê-lo” com lucidez para objetivá-lo, para descobri-lo “fora de si mesmos”. p. 57-58
Os oprimidos, alienados querem parecer-se com o opressor, imitá-lo, segui-lo. (fenômeno comum, sobretudo nos oprimidos de classe média), que aspiram igualar-se aos homens “eminentes” da classe superior. O oprimido despreza e gosta de seu colonizador. p. 60
Outra característica do oprimido é o desprezo por si, que vem da interiorização da opinião dos opressores sobre ele. Acostumados a ouvir que não servem para nada, não podem aprender, são débeis, preguiçosos e improdutivos que acabam por convencer-se de sua própria incapacidade. p. 61
[...] os oprimidos são emocionalmente dependentes. p. 61
Alcançar o estado de “ser-para-si-mesmos” representa para as sociedades subdesenvolvidas o que eu chamo a possibilidade “não-experimentada”. p. 62
[...] a modernização traz consigo “a invasão cultural” que deforma o ser da sociedade invadida, a qual é considerada uma caricatura de si mesma. p. 63
[...] Há um momento de surpresa nas massas quando começam a ver o que antes não viam, há uma surpresa correspondente nas elites quando começam a sentir-se desmascaradas pelas massas. Este dupla revelação provoca inquietudes em todos. As massas sentem desejos de liberdade, de superar o silêncio que sempre permaneceram. A elite deseja manter a posição, permitindo só transformações superficiais para impedir a mudança do domínio em seu poder. p. 69
[...] As artes deixam de ser vista como expressão da vida fácil da burguesia rica e começam a encontrar inspiração na vida do povo. Os poetas descrevem seus amores e não falam mais do trabalhador do campo como de um conceito abstrato e metafísico, mas como um homem que vive uma vida concreta. p. 69.
PONTO DE VISTA
Um humanista de cultura pedagógica inovadora, criador de uma pedagogia crítica considerada perigosa. Implantou uma pedagogia baseada nos aspectos mais urgentes da realidade, atuando na luta por uma nova ordem social, uma nova realidade a ser vivida por povos merecedores. O ensino propicia idéias de mudança social e busca o não conformismo, a não comodidade, dirigida aos que não querem passar servilmente pela vida, que vêem o futuro do homem, que se importam com a consciência contínua da memória individual e coletiva.
A "cultura do silêncio", apontada ele, própria da imensa maioria dos camponeses analfabetos das áreas pobres do Brasil, contribuiu para desenvolver uma filosofia e um método para encontrar o sentido, a natureza, os propósitos e as identidades entre os oprimidos. É a vital e necessária unidade para a libertação, parte importante de sua teoria dialógica (Freire, 1972b).
Considera que os líderes devem buscar a unidade entre os oprimidos e a unidade entre os líderes e oprimidos para conseguir a libertação.
A Educação "bancária" mostra a perniciosa relação professor (depositante) - aluno (depósito) de conhecimentos, revela este papel como instrumento de dominação e desenvolve seu oposto: a educação que desafia pensar corretamente e não memorizar, que propicia o diálogo comunicativo e problematiza dialeticamente o educando e o educador. A educação bancária é um instrumento de opressão e não busca a libertação. O educador deve problematizar o conteúdo e não entregá-lo feito, acabado, terminado.
Na invasão cultural se impõem sistemas de valores através de relações autoritárias, nas quais os invasores agem e os outros têm a ilusão de que agem, acreditam agir, mas somente respondem passivamente à manipulação daquele que invade. (Freire, 1972a).
"Manipulação e conquista, expressões da invasão cultural e, ao mesmo tempo, instrumentos para mantê-la, não são caminhos de libertação, mas domesticação" (Freire, 1973, p.46).
O humanismo não pode aceitar a manipulação e a conquista. O caminho é o diálogo sem invadir, manipular ou impor. Transformar a realidade pelo diálogo (...) e, transformando-o, o humanizam para todos" (Freire, 1973, p.46). Oferecer uma educação libertadora, produzindo a conscientização nos homens que ao agirem, ou se relacionarem, transformam. As conseqüências sócio-políticas, culturais e econômicas no campo educacional, não muito proveitosas para os fins da dominação do povo.
A obra postula transformações sócio-política e culturais importantes que se desenvolvem a partir de uma tomada de consciência da realidade.
Metodologia:
-Investigação – busca conjunta entre professor e aluno de palavras e temas significativos da vida do aluno, dentro do vocabulário na lugar em que ele vive.
-Tematização – momento da tomada de consciência do mundo, através dos significados sociais dos temas e palavras.
-Problematização – etapa em que o professor desafia e inspira o aluno a superar a visão mágica e acrítica do mundo, para uma postura conscientizada.
-Dentro da realidade em que o aluno esta inserido, seu universo vocabular, buscar palavras geradoras e apresenta-las em cartazes com imagens.
-Silabação – cada palavra geradora passa a ser estudada através da divisão silábica. Cada sílaba se desdobra.
-As palavras novas – do desdobramento se forma palavras novas.
-Assim, alfabetizar um adulto é promover a conscientização, compreensão e conhecimento da realidade social, e não apenas um processo de codificação e decodificação.
A Escola Cidadã é a que se assume como um centro de direitos e de deveres (...) que viabiliza a cidadania de quem está nela e de quem vem a ela (...) que se exercita na construção da cidadania de quem usa o seu espaço, coerente com a liberdade, com o discurso formador, libertador. (...) que, brigando luta para que os educandos-educadores também sejam eles mesmos. E, como ninguém pode ser só, é uma escola de comunidade, de companheirismo (...) de produção comum do saber e da liberdade (...) que não pode ser jamais licenciosa nem jamais autoritária. É uma escola que vive a experiência tensa da democracia (GADOTTI e ROMÃO, 1997: Quarta capa)
A Leitura do Mundo educa para ver além das carteiras, educando a sensibilidade, a curiosidade, as emoções, a intuição. A formação docente não pode ser alheia a promoção da curiosidade, reconhecendo o valor das emoções, sensibilidade, afetividade ou intuição. O importante é não darmos por satisfeitos, mas submeter tudo a análise metódica e rigorosa de nossa curiosidade. (FREIRE, 1997:51).
A prática político-pedagógica dos educadores ocorre numa sociedade desafiada pela globalização da economia, pela fome, pela pobreza, pela tradição, a modernidade, o autoritarismo, a democracia, a violência, a impunidade, o cinismo, a apatia, desesperança e também pela esperança.

CONSIDERAÇÔES
O estudo é um processo pelo qual a pessoa chega à sua consciência, ao seu processo de tomada de consciência da realidade. O método de Paulo Freire, é um procedimento didático-pedagógico para ensinar o indivíduo o conhecimento da realidade. Daí a palavra: “conscientização”.
As idéias fazem parte importante de uma mudança social. Dirige-se aqueles que vêem o futuro do homem. As reflexões sobre a "Cultura do silêncio" contribuem para desenvolver uma filosofia e um método para encontrar o sentido, a natureza, os propósitos e a identidade entre os oprimidos.
Sua idéia cria e defende uma pedagogia crítica, que postula transformações culturais importantes em função da liberdade dos povos oprimidos.
Cabe a nos educadores refletir sobre essas expectativas reformulando e adaptando ao contexto da nossa comunidade escolar. A modernidade e a fragmentação social são vetores que constituem uma das nossas problemáticas atuais. As afirmações feitas no livro fazem acreditar que para compreender a teoria humanista é necessariamente obrigatório acreditar e amar o homem.


FACULDADE DE CIENCIAS DA BAHIA
PROGRAMA DE FORMAÇÃO ESPECIAL DOCENTE
LICENCIATURA PLENA EM SOCIOLOGIA




MARIA ÂNGELA AFONSO PEREIRA




ESTÁGIO CURRICULAR
“HOMEM - UM SER SOCIAL”




Supervisor – Pricila Figueiredo




Lajinha - MG
2011



FACULDADE DE CIENCIAS DA BAHIA
PROGRAMA DE FORMAÇÃO ESPECIAL DOCENTE
ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE SOCIOLOGIA
MARIA ÂNGELA AFONSO PEREIRA





ESTÁGIO CURRICULAR
“HOMEM - UM SER SOCIAL”



Relatório de Estágio apresentado perante a FACIBA – Faculdade de Ciências da Bahia, como trabalho final de conclusão do curso de Formação Especial de Docente.
Habilitação: Licenciatura plena em Sociologia
Orientadora: Pricila Cesar Figueiredo




Lajinha - MG
2011


PROGRAMA DE FORMAÇÃO ESPECIAL DOCENTE
ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE SOCIOLOGIA
Estagiário - Maria Ângela Afonso Pereira

“HOMEM - UM SER SOCIAL”






¬¬¬¬¬¬_______________________________________
Priscila César Figueiredo
Coordenação do Curso




NOTA:__________

APROVADO EM.../.../...



Lajinha - MG
2011







DEDICATÓRIA


Dedico este Relatório de Estágio de habilitação em docência de Sociologia Geral a todas as pessoas que, de uma maneira ou de outra, acrescentaram conhecimentos à minha vida... em especial aos meus filhos, meus alunos e a minha mãe.




















AGRADECIMENTOS



A DEUS pelo dom da vida, pela fé e perseverança para vencer os obstáculos.
Aos meus pais, pela orientação, dedicação e incentivo nessa fase do meu curso de graduação e durante toda minha vida.
Aos meus irmãos, sempre está disposto a ajudar no que for necessário.
Aos professores e colegas que colaboraram com as diversas discussões sobre a prática docente, principalmente a professora Carmen Regina.
Aos meus alunos de estágio, pelo respeito e carinho que tiveram e tem por mim sempre que me encontram.
Aos meus filhos Mariana e Cristiano Henrique, pelo incentivo, pela dedicação, compreensão e pela presença constante durante toda essa fase, me ouvindo e me ajudando a buscar soluções para os problemas existentes com relação ao curso e ao estágio.
Enfim, sou grata a todos que contribuíram de forma direta ou indireta para realização deste trabalho.

















RESUMO



O presente relatório trata das principais atividades realizadas no estágio supervisionado da disciplina Sociologia, realizado na Escola Estadual “Dr. Adalmário José dos Santos” situada na Praça Apolidório Rodrigues 127 – Lajinha – MG, sob a direção de Aluisio Augusto Sanglard. Apresenta o Planejamento, observação e atuação do estágio curricular realizados no período de 21 de fevereiro a 29 de Junho de 2011 nas turmas 2º ano “04”, ”05”, 3º ano “03” e EJA (final) do ensino médio, turno Noturno sob a supervisão da Coordenadora Priscila Figueiredo do Programa de Formação Especial Docente da Faculdade de Ciências Da Bahia, para Habilitação – para Licenciatura plena em sociologia oferecida na Hórus Instituto de Educação e Cultura (Chancelado pela FACIBA)- Eunápolis – BA, turma 2010/1.O objetivo deste trabalho foi apresentar os diversos aspectos do homem enquanto ser social, nesse sentido, a metodologia utilizada foi analisando o comportamento humano e as relações entre si. A partir de tais abordagens faz-se necessário a elaboração deste relatório.

Palavras – chave: Estágio, Sociologia, Ensino Médio











De Maria Ângela Afonso Pereira
A coordenação do Estágio Supervisionado
Assunto – apresentação do relatório







Em atendimento às determinações constantes do Plano de Estágio Supervisionado, submeto à apreciação de V. Sª o relatório das atividades observadas e desenvolvidas no Estágio de Licenciatura em Sociologia Geral no período compreendido entre 21 de Fevereiro e 29 de Junho de 2011, na Escola Estadual “Dr. Adalmário José dos Santos” Lajinha - MG

Atenciosamente,





___________________________________________________
Maria Ângela Afonso Pereira












SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 08
2. ACOLHIMENTO 09
3. OBJETIVOS 10
4. APRESENTAÇÃO DO CONCEDENTE 11
5. CONSIDERAÇÕES BÁSICAS SOBRE A PRÁTICA DE ESTÁGIO 12
6. FASE DE OBSERVAÇÃO 14
6.1 - Planejamento de estágio 14
6.2 - Cronograma 16
7. Relato da fase de observação 17
8. ETAPA DA PRÁTICA DA ATIVIDADE DOCENTE 23
9. Planejamento da atividade docente 23
10. Cronograma 23
11. Recursos e avaliação 24
12. RELATO DA FASE DE PARTICIPAÇÃO 24
13. ETAPA DA GESTÃO ESCOLAR 29
14. CONHECIMENTO DE TODA A REALIDADE DA ESCOLA 29
15. SUPERVISÃO 40
16. RELATÓRIO DE PARTICIPAÇÃO 50
17. CONTROLE DE FREQÜÊNCIA DO ESTAGIÁRIO 52
18. AUTO – AVALIAÇÃO DO ESTAGIO SUPERVISIONADO 56
19. AVALIAÇÃO DO ESTAGIÁRIO 57
20. CONSIDERAÇÕES FINAIS 58
21. CONCLUSÃO 59
22. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 60
23. ANEXOS 61




1. INTRODUÇÃO
O Curso de FORMAÇÃO ESPECIAL DE DOCENTE está amparado pela Resolução Nº 02/97, que dispõe sobre o Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes, para as disciplinas do currículo do ensino fundamental, do ensino médio e da educação profissional em nível médio.
“O Programa Especial é destinado a portadores de diploma de nível superior, em cursos relacionados à habilitação pretendida, que ofereçam sólida base de conhecimentos na área de estudos ligada a essa habilitação”. A verificação da relação entre a graduação de nível superior e a habilitação pretendida é de responsabilidade da instituição que oferece o programa verificar a compatibilidade entre a formação do candidato e a disciplina para a qual o candidato pretende habilitar-se.
Deve-se considerar a prática de estágio, especificamente voltada para a área de habilitação no meu caso, especialização para docência de SOCIOLOGIA GERAL.
O aluno no exercício da relação teórico-prática realiza ações interdisciplinares, inclusive, de cunho social. É de extrema importância a capacidade criativa que envolve o processo, porque ela proporciona a oportunidade de desenvolvimento das atividades em sala de aula, relacionadas com a realidade da escola. As habilidades pessoais e a fundamentação e conteúdos conceituais assimilados durante o curso, serão aplicados na prática durante o estágio.
A parte prática tem duração mínima de 300 horas e estreita e concomitante relação com a parte teórica, fornecendo elementos básicos para o desenvolvimento dos conhecimentos e habilidades necessários à docência. Nesse cenário, o estágio supervisionado é a fase em que se articula a teoria com a prática; a metodologia de ensino específica, com a habilitação pretendida, orientados para a sistematização de resultados.










2. CARTA DE ENCAMINHAMENTO PARA O ESTÁGIO SUPERVIVIONADO



Sr. Diretor da Escola Estadual “Dr. Adalmário José dos Santos”



Solicitamos a sua cooperação, no sentido de que seja acolhido (a) nesse estabelecimento a discente MARISA ÂNGELA AFONSO PEREIRA, para a realização do Estágio Supervisionado na área de, com duração prevista de 300 horas/aulas.
O Estágio Supervisionado constitui-se como complemento indispensável do programa de Formação Especial Docente, de acordo com a Resolução CNE/CEB Nº 02/97, que dispõe sobre os programas especiais de formação pedagógica de docentes para as disciplinas do currículo do ensino fundamental, do ensino médio e da educação profissional em nível médio.
Esclarecemos que, ao ser aceito o (a) estagiário (a), comprometer-se-á a cumprir o planejamento e as determinações da direção dessa Instituição.
Desde já agradecemos a atenção prestada para a formação de nossos alunos e apresentamos a Vª. Sª nossas cordiais saudações.

Atenciosamente.



_________________________________________
Coordenação do Estágio











3. OBJETIVOS


3.1-GERAL
_ Praticar estágio junto a organização de ensino, colaborando para sua prática de trabalho, individual e em equipe enquanto trabalho social, analisando as condições básicas da interação entre a teoria e a prática para o efetivo exercício profissional, desenvolvendo uma atitude crítica, capaz de possibilitar o intercâmbio, o aprimoramento e/ou a transformação da realidade em que atua ou atuará, compreendendo a importância do contato com a realidade sócio-organizacional, refletindo sobre os desafios que ela lhe oferece, refletindo sobre os aspectos da formação, para o enriquecimento do papel profissional da prática docente.



3.2-ESPECÍFICOS
_ Identificar a importância do envolvimento e do intercâmbio profissional no processo de atuação;
_ Desenvolver senso de responsabilidade, capacidade de iniciativa, de decisão e senso de humanização,
_ Aplicar os conhecimentos adquiridos no curso pela utilização e adequação de estratégias e recursos potenciais nas diferentes situações e condições apresentadas pelo ambiente educacional;
_ Analisar a importância de uma avaliação criteriosa no processo;
_ Vivenciar e exercitar a prática da ética profissional.









4. APRESENTAÇÃO DO CONCEDENTE



Em 1949 houve ascensão na educação de Lajinha, cidade que tem como base econômica o café. Aqui só havia uma escola pública de 1ª à 4ª série. Para prosseguir era necessário estudar em escolas particulares internas nas cidades vizinhas de Manhumirim e Jequetibá (Presidente Soares). Vendo essa realidade o pastor Antônio Ambrósio de Oliveira, fundou o colégio Ruy Barbosa que deu origem a nossa escola.
Construiu o prédio num terreno de sua propriedade com doações de particulares. Inicialmente funcionava também como internato para alunos de Conceição de Ipanema, São José do Mantimento, Chalé, Prata, Ocidente, Água Limpa, etc. A 1ª série ginasial concluiu seus estudos em 1951, ano em que a escola foi reconhecida oficialmente. Os professores eram recrutados pelo diretor e políticos da região por sua aptidão. Com a facilidade de estudos gratuitos aumentou o número de alunos e o curso de formação normal (magistério) se tornou imprescindível, que foi criado em 1966 assim como a biblioteca da escola.
Em 1968 a escola passa a chamar - se Colégio Estadual "Dr. Adalmário J. dos Santos".
Em 1984 a escola passou a oferecer o curso Técnico em Contabilidade, no ano seguinte o Técnico em Agricultura, no outro ano iniciou o curso de adicional em pré escolar, feito após o término do curso do magistério. Em 1988 ela adquiriu um terreno para a criação do colégio agrícola, que até então não foi construído. Isto aumentou a demanda de alunos e a escola necessitava de uma ampliação.
Hoje a escola oferece apenas parte do ensino fundamental, ensino médio sem habilitação, curso de magistério com habilitação até 5º ano e adicional em pré escolar, além de projetos suplementares para jovens e adultos retornarem seus estudos.
Temos atualmente 1348 alunos freqüentes.




5.0 - CONSIDERAÇÕES BÁSICAS SOBRE A PRÁTICA DO ESTÁGIO
5.1 - CONTRIBUIÇÕES DO ESTÁGIO PARA O FUTURO PROFISSIONAL

Uma das contribuições é preparar o estudante para as dificuldades e os obstáculos que ele encontrará e ele cumpre o papel para o qual foi criado. O estágio é uma atividade de aprendizagem social, profissional e cultural e proporcionou a participação em situações reais da vida e do trabalho. Ameniza o impacto da passagem do teórico para o pratico, além de propiciar um melhor relacionamento humano, baseando no princípio metodológico de que o desenvolvimento de competências profissionais implica em usar conhecimentos adquiridos, quer na vida acadêmica quer na vida profissional e pessoal.
Sendo assim, o estágio constitui-se em importante instrumento de conhecimento e de integração do aluno na realidade social, econômica e do trabalho em sua área profissional.
São inúmeras as vantagens em participar de um estágio. Algumas delas são: - Aplicação prática da teoria do mundo acadêmico, que sempre leva a uma reflexão do paralelo teoria/prática; - Melhor assimilação das matérias aprendidas em sala de aula por meio de sua prática; - Ter a oportunidade de verificar a forma de atuação que propicia profissão; - Oportunidade de criar uma extensa rede de relacionamentos ;- Amadurecimento pessoal e profissional, adequando as atitudes tomadas às consideradas pertinentes pelo ambiente organizacional; - Desenvolvimento de senso crítico, criativo e de outras habilidades e competências exigidas pelo trabalho; - Descoberta de habilidades pessoais.
Para executar meu estágio com muita responsabilidade, iniciei protocolando um pedido de férias prêmio por 4 meses a partir de 01/03, pois sendo professora na escola do estagio, sei que servirei sempre de exemplo para os estudantes. Assim, terei que desprender um esforço maior e grande dedicação, o que é um benefício pra todos na escola.

5.2 - PROCEDIMENTO(s)
O estágio de Sociologia Geral será realizado na E.E. ”Dr. Adalmário José dos Santos” na turma do 2º ano “04”, ”05”, 3º ano “03” e EJA (final), ensino médio, turno noturno 2º ano “04”, ”05”, 3º ano “03” e EJA (final), ensino médio, turno noturno, no primeiro semestre de 2011. Nas segundas, quintas e sextas-feiras, totalizando três encontros (comprovante em Anexo), iniciando às 18h00min, terminando as 22h20min. Será feita a observação e acompanhamento das aulas de Sociologia Geral e também atuação na regência das aulas (co-participação) com conteúdos previamente escolhidos pela professora titular, ressaltando a importância desta disciplina no contexto escolar. A sequência ao conteúdo ministrado pelo professor terá uma linha ética a seguir.

5.3 - CONTEÚDOS
Diferentemente das outras disciplinas escolares, a Sociologia Geral não chegou a um conjunto mínimo de conteúdos sobre os quais haja unanimidade, pois sequer há consenso sobre alguns tópicos ou perspectivas.
Essa aparente desvantagem da Sociologia em relação a outras disciplinas escolares: não ter um corpo consensualmente definido e consagrado, se revela numa vantagem. É certo que pode trazer um questionamento da parte de outros professores e alunos, ferindo sua legitimidade já tão precária diante do currículo, mas também é certo que há um questionamento e uma revisão da organização curricular de todas as outras disciplinas.
A idéia de pré – requisito, por exemplo, é questionável nesta disciplina. Um tópico não depende de outros anteriores para ser desenvolvido, negando-se, portanto, a idéia de seqüência estabelecida entre eles.
Nesse sentido, a Sociologia fica à vontade. Por um lado, a não existência de conteúdos consagrados favorece uma liberdade ao professor que não é permitida em outras disciplinas, mas também importa numa certa arbitrariedade ou angústia das escolhas. Bem se entende que essa situação também é resultado tanto da intermitência da presença da Sociologia no ensino médio quanto da não constituição ainda de uma comunidade de professores da disciplina, comunidade que possa realizar encontros, debates e a construção de, senão unanimidades – que também não seriam interessantes –, ao menos consensos ou convergências a respeito de conteúdos e metodologias de ensino.
Os temas escolhidos são unânimes na opção dos professores desta disciplina: A Sociologia é uma ciência que estuda o comportamento do homem e suas relações na sociedade. Assim, tem como objeto os temas mais diversos que respondem aos problemas atuais. Acrescentam modelos explicativos ou compreensivos acerca de fenômenos que surgiram nas relações sociais: Sociopatia, alcoolismo, consumismo, discriminação, auto-medicação, drogas, DST, família, mídia, etc.

5.4 - RECURSOS
- Apostilas com textos dentro do tema, quadro de giz, giz, apagador, textos, jornais, revistas, papel A4, DVD, televisão, Leptop, projetor multimídia, programas de computador (Power point) filmes alusivos ao professor/alunos.
6 – FASE DE OBSERVAÇÃO

6. 1- PLANEJAMENTO
Após a entrega da carta de encaminhamento, e o protocolo de férias prêmio por 4 meses a contar de 01³03, iniciou-se o período de observação/gestão escolar, e me pus a elaborar o planejamento das atividades a desenvolver/observar.
Sou professora há 32 anos e me apresentei para o estágio na escola em que atuo como professora regente: a E.E. “Dr. Adalmário José dos Santos” em Lajinha que será realizado no 1º semestre do ano 2011, período em que estarei gozando férias prêmio. É uma escola que oferece o ensino básico: do 5ª ao 9º ano, 2º grau sem habilitação, curso magistério (com 4 anos) e projetos como EJA, PAV e adicional com especialização em pré-escolar. É a única escola de 2º grau e atende a maioria dos alunos que cursam o 2º grau na cidade.
Escolhi para atuar nas turmas deo2º ano “04”, ”05”, 3º ano “03” e EJA (final), ensino médio, turno noturno. Todas do ensino médio, pois funcionam à noite, quando tenho mais disponibilidade de horário, visto que minha carga horária matutina como professora regente é sobrecarregada. Além disso, são no turno noturno as únicas turmas em que não sou eu a professora da matéria que pretendo me habilitar: Sociologia Geral.
Além da observação com uma carga horária de 100h e execução com uma carga horária de 150h – a prática de estagio inclui também na prática de estágio, atividades de conhecimento e analise da parte administrativa e pedagógica da escola que será desenvolvida numa etapa interdependente, estabelecendo uma condução de atividades junto a parte de gestão escolar num total de 100h que permitirá contato com a direção, coordenação pedagógica e participação em atividades próprias da vida da escola como:
-A observação do processo educacional (visita a escola, contatos com a direção, coordenação pedagógica, etc.). Qualidade dos papéis desempenhados na escola, pelo processo de relações das humanas entre o corpo dirigente, docente, técnico e administrativo.
-O planejamento pedagógico (a preparação do trabalho de docência),
-Avaliação do trabalho em sala de aula e da aprendizagem;
-Atividades próprias da vida da escola:
-Reuniões pedagógicas,
-Participação em eventos com participação da comunidade escolar,
-Exercício da ética profissional e institucional: postura e relação professor x instituição;
-Compreensão do processo de coordenação pedagógica como mediador da prática pedagógica.
-Conhecimento de toda a realidade da escola
-Conhecimento do Plano de desenvolvimento Educacional (PDE), Planejamento pedagógico, administrativo e financeiro;
-Qualidades das técnicas de ensino;
- A prática da educação inclusiva da instituição, (níveis de atuação) etc.
Será de grande importância o relacionamento correto, do ponto vista ético e profissional entre o planejamento do estágio, do ponto de vista pedagógico e a minha ação, por ser o instrumento fundamental para direcionar o estágio, uma “bússola” para orientar o processo.
O planejamento do estágio tem objetivos pedagógicos voltados para o aluno; para os conhecimentos mínimos que ele deve alcançar no período de estágio, dentro do processo de formação profissional. Tem também objetivos voltados para a cão profissional definido como específico pelo estagiário, em função da realidade onde ocorrerá a intervenção. Não há um plano pedagógico de um lado e de plano de atuação de outro, como se no contexto do estágio estes pudessem ser pensados separadamente. A proposta é de um plano de estágio que contemple esses dois grandes aspectos que se complementam e inter-relacionam viabilizando uma experiência construtiva para todos os sujeitos envolvidos no processo, incluindo neste também o usuário para quem a ação do estagiário se volta.
Esses objetivos não se excluem e nem ocupam maior importância um em relação ao outro. Complementam-se à medida em viabilizam o atendimento tanto à finalidade da minha formação profissional, quanto do atendimento adequado a população. Portanto, não é um plano comum; o estágio requer um planejamento específico, no sentido de garantir o alcance dos dois níveis de objetivos ali presentes.
A METODOLOGIA aplicada foi a análise da estrutura da escola e seus recursos físicos e pedagógicos a fim de compreender a situação conjuntural e institucional, para obter clareza de onde atuar. É o conhecimento da situação real para definição e estabelecimento do alvo a atingir para elaborar planos para observação e pratica da docência e participação em diferentes realidade educacionais, colaborando ativamente.
A partir desta premissa é preciso estabelecer a distância entre o real e o desejado, apontar o diagnóstico, as dificuldades e obstáculos apresentados e como supera-los no sentido de alcançarmos o alvo estabelecido.
O caminho a seguir, da programação, estabelecimento dos objetivos, atividades a desenvolver... para o diagnostico entre o real e o ideal há uma distância grande a ser superada. Nesse processo, a avaliação será presença contínua, através de observações e indicadores pré estabelecidos.
Dessa forma, o planejamento estará expressando seu aspecto operacional: o que fazer, como fazer, com o que fazer, mas, fundamentalmente, seu aspecto político-social: para que fazer, por que fazer e para/com quem fazer. É um processo a ser vivenciado em seus três momentos: elaboração, execução e avaliação, tendo um caráter primordialmente participativo, onde o supervisor técnico, o supervisor pedagógico e o estagiário são sujeitos fundamentais.

6.2 - CRONOGRAMA

INÍCIO - 21 de fevereiro a 29 de junho de 2011
GESTÃO ESCOLAR - 100h - exercício direto com o planejamento da atividade docente.
ATIVIDADE DOCENTE - 150h - exercício direto com docência.
ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS/LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO - 50h.
Total H/A: 300 horas
FASES DO ESTÁGIO Fev /11 Mar/11 Abr/11 mai/11 jun./11
Início do estágio, apresentação, elaboração e execução do plano de estágio.
Fase de observação
Fase de atuação
Fim do estágio e elaboração do relatório final
Entrega do Relatório à Coordenação de Estágio


Estagiária___________________________________________________________
Supervisor do estágio_________________________________________________
Coordenador pedagógico _______________________________________________
7 - RELATO DA FASE DE OBSERVAÇÃO

O estagiário direcionando o olhar para a concepção do processo ensino- aprendizagem.
A primeira fase do meu estágio é a observação realizada no período de 21 de fevereiro a 30 de abril de 2011 na Escola Estadual “Dr. Adalmário José dos Santos”- Tipologia: R.O.3.5.C.4, localizada na Praça Apolidório Rodrigues, 127 – centro, Telefone: (33) 3344 – 2017 Zona Urbana Lajinha – MG. A escola pertence a 20ª Superintendência Regional de Manhuaçu – MG e oferece como níveis e modalidades o ensino fundamental e médio: 5ª à 8ª Série e 1ª a 3ª séries do Ensino Médio além da Educação de Jovens e adultos e funciona nos turnos Matutino, Vespertino e noturno.
Nesta fase tive oportunidade de conhecer os horários das turmas disponíveis para realizarmos estágio, conhecê-las, elaborar meu planejamento. Também aproveitei para conhecer o assunto que deveria trabalhar com a turma durante a regência.
O estágio completo foi realizado nas turmas do 2º ano “04”, ”05”, 3º ano “03” e EJA (final), ensino médio, turno noturno, sob a regência da Profª Carmen Regina Rodrigues.
Na primeira visita à escola, fui recebida pela vice-diretora Denise Maria Vinces Pereira. Não houve necessidade de apresentação pois esta é a escola que atuo há 32 anos como professora regente de Sociologia Geral e Educacional. Somente apresentei a carta de apresentação como estagiária, já assinada pelo diretor Aluisio Augusto Sanglard e conversei sobre o meu horário disponível para execução deste estágio que se dão às 2ª, 5ª e 6ª feiras turno noturno. Conversamos também sobre as possíveis mudanças no cronograma. Como servidora da escola sei que não há mudanças no horário de trabalho de nenhum professor, mesmo em caso de substituição, o que me dá uma confiança na certeza de não perder horários.
Como escolhi turmas onde não sou a professora regente, mas sou professora conhecida, pela antiguidade e atuação, fui muito bem recebida como estagiária, pois pude ter um trabalho
diferenciado que viria a complementar o trabalho da professora, que já foi minha aluna de magistério e, mais tarde, a complementar também o meu trabalho.
A fase de observação teve início efetivo no dia 21 de fevereiro: fui apresentada aos estudantes e funcionários administrativos e pedagógicos como aluna estagiária do curso de formação especial com habilitação em para habilitação de Licenciatura Plena em Sociologia pelo Instituto de Educação e Cultura Hórus, Chancelado pela FACIBA – Faculdade de Ciências da Bahia de Eunápolis – BA, turma 2011.
No dia em que iniciei o estágio, estava um pouco ansiosa, pois estava me vendo como estagiária e tinha o receio de inibir a professora, pois afinal ela havia sido minha aluna quando fez o curso magistério. Me apresentei e a professora se mostrou prestativa e muito simpática, não dificultando de forma alguma a realização de nossa observação. Vimos que optou pelo trabalho com a metodologia de blocos de assuntos estanques, abrindo assim a possibilidade de montagem de programas em que os blocos tenham conteúdo completo e independentes entre si e ainda possam articular-se com os outros conteúdos e disciplinas com flexibilidade. Ela procura sempre ampliar a visão de sociológica dos temas, dando ênfase ao estudo de outras instituições educativas além da escola, analisando seu papel e mostrando sua importância na formação do cidadão.
O desenvolvimento do conteúdo foi construído com liberdade e autonomia, baseando-se em diretrizes gerais. Apresenta uma análise dos métodos sociológicos como investigação de uma realidade existente e real, como investigação ativa de uma realidade dinâmica, em que os métodos quantitativos são utilizados por ele e pelos alunos.
Pude perceber que a professora conta com poucos recursos, tem controle de turma e da disciplina. Seu uso do quadro pode ser destacado como um ponto negativo, pois sua letra não é muito legível, porém, pra compensar, usa o quadro apenas para anotação de tópicos e não para anotação de conteúdos.
O procedimento didático da professora e turma é o considerado normal, variando apenas quando a preparação do conteúdo oferece uma técnica diferenciada. Fora isso a arrumação da sala é em fila, a aula é expositiva e explicativa, a avaliação é baseada na observação da participação e atuação do aluno e também há aplicação de uma avaliação escrita, relacionada ao conteúdo aplicado.
Neste período tive oportunidade de colaborar com o professor da sala, por meio de por exemplo: encaminhamento nas dificuldades reveladas ou identificadas nos alunos; auxílio na elaboração, aplicação e/ou correção de atividades e/ou trabalhos; elaboração e/ou auxílio em
esclarecimento/reforço; realização de atividades “burocráticas” (fazer chamada, registrar conteúdo no diário de classe, passar notas, levantar total de faltas); auxílio em eventos escolares.
Também tive a oportunidade de me entrosar com outros estagiários de outros cursos, participar de reuniões e festividades, favorecendo uma troca de experiência muito enriquecedora.

ASPECTO PEDAGÓGICO DA OBSERVAÇÃO

Iniciei minha observação de imediato. Os alunos ficaram a vontade e se portaram da maneira como fazem invariavelmente: alguns prestando a atenção e participando e outros com conversa paralela.
De maneira geral o professor regente tem domínio da turma e do conteúdo, preocupa-se com aprendizagem e presta atendimento individualizado.
O conteúdo é apresentado de forma que as dificuldades estejam em uma escala crescente; motivava os alunos que participam perguntando em debates e esclarecendo suas dúvidas.
O recurso mais usado pela professora é o quadro de giz e apostilas. Não há livro didático adotado nesta disciplina, apesar da escola possuir sala de informática, retroprojetor, leptop e projetor multimídia com telão.
Os alunos são freqüentes e de nível intelectual e de aprendizagem diferenciado. Comportamento normal para a faixa etária e, claro, dispersam com facilidade. Em todas as turmas é possível observar subgrupos e alunos hiperativos.
As aulas começam as 18h e terminam as 22h20minmin., com a duração de 50 minutos cada período, com o intervalo de 10 minutos entre o terceiro e quarto período para o recreio, onde é distribuída merenda a todos os alunos, inclusive do ensino médio, mesmo esta não sendo destinada a eles, visto que são trazidos alunos da zona rural de todos os distritos e comunidades da cidade que vem para esta, que a maior escola da cidade, através da parceria com a Prefeitura Municipal que os traz e leva no transporte coletivo público.
A escola é construída de alvenaria, com cobertura de telha de barro sobre a laje, o que torna as salas de aula com uma temperatura mais agradável. As salas tem um tamanho ótimo (em média 6m x7m) e um número adequado de alunos (em média 30 em cada sala). Foi reformada recentemente e a pintura renovada periodicamente com cores alegres, modernas e
pedagogicamente adequadas. Todas as salas possuem janelas de vidro e grade de ferro e a escola é fechada com muro alto que impede a visão exterior da praça a frente.
O mobiliário, oferecido pelo Estado em número suficiente é composto de mesa e cadeira independentes de fórmica com estrutura de ferro para os alunos, birôs no mesmo material para professores, secretaria, diretoria e biblioteca. As carteiras dos alunos são dispostas em filas (exceto quando a técnica usada pelo professor pede sua mobilização).
A fila só é usada na hora da distribuição da merenda.
Tive oportunidade de participar também de trabalhos com a integração da comunidade escolar onde se observa que os pais que freqüentam as reuniões e visitam a escola sempre os mesmos, exceto quando algum é convocado pelo serviço pedagógico para se inteirar da situação disciplinar do aluno. Alguns atrapalham tanto a aula que os próprios colegas o deixam a margem da socialização.

ASPECTO FÍSICO, RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS:

. 01 Diretoria – com mesa, armário, arquivos, computador ligado a internet. O Corpo administrativo é composto pela Administração Escolar escolhida democraticamente por votos de alunos, pais e funcionários, tendo como auxiliares 2 vice-diretores: Luiz Carlos Pereira no vespertino e Denise Maria Vinces Pereira no noturno. Tem também 03 supervisoras pedagógicas: Marli Moura da Silva no turno matutino, Cleuzelena Ferreira da Silva no turno vespertino e Kátia Maria de Freitas Alvim no turno noturno. Não há orientador educacional. São 03 assistentes de turno: Jorge Silva, Maria Aparecida T. Silva e Francisco Gomes nos turnos respectivos. A Associação de pais e professores (A.P.P.) possui 11 membros e o Colegiado, órgão consultivo e deliberativo com representantes dos professores, funcionários, pais e alunos. Tudo isso além do Grêmio estudantil: 11 membros.
• 01 Secretaria equipada com 04 computadores ligados em rede, máquina xerográfica, mesas, arquivos. armários e aparelhos de som que é ligado durante o recreio e nos momentos religiosos e cívicos. Que ocorrem no durante a semana. Ali trabalham 07 Auxiliares de Secretaria em turnos diferenciados.
. 01 sala de professores com 5 escaninhos com 20 portas cada, num total de 100 portas, TV, mesa, banco, filtro gelado, TV.
. 01 Sala pedagógica: - com arquivos, mesas, cadeiras, armários e máquina xerográfica.
. 01 sala de atividades artísticas e recuperação com mesa, carteiras, quadro branco, armário e ventilador de teto.
• 01 Biblioteca com 200 livros literários. 300 livros didáticos, mimeógrafo, som, caixa amplificada, microfone, TV, vídeo, retroprojetor, filmadora, máquina fotográfica com fitas de vídeo dos cursos oferecidos pela Secretaria de Educação - SEE-MG.
. 01 sala de informática com 22 computadores, em móvel próprio, ligados em rede à internet, ar condicionado, carteiras, armário, arquivo e quadro branco.
. 01 Cantina, equipada com fogão, geladeira, freezer, armário de aço forno elétrico, liquidificador industrial e mesa central. Ali centralizam 19 Ajudantes de Serviços Gerais: 15 efetivos e 04 designados que cuidam da limpeza, manutenção e merenda escolar.
• 01 Refeitório, equipado com mesas e bancos para refeições. escovódromo e um bebedouro filtro elétrico.
. 01 pátio para recreação livre
. 01 Campo para educação física e outras atividades escolares.
. 01 Quadra poliesportiva em reforma (ampliação e cobertura)
. 01 Salão de festa com 02 camarins e 1 palco com cortina, 200 cadeiras, telão, TV de plasma de 40 polegadas, telão, 20 ventiladores de teto, caixas de som afixadas nas paredes, mesa de som amplificadora e microfone.
• 02 Banheiros, cada um com 04 sanitários para os alunos.
• 02 Banheiro com 01 sanitário para os funcionários.
. 01 horta
. 01 jardim
. 01 estacionamento de bicicleta
. 01 almoxarifado
. 01 – área dedicada a fumantes
. 16 - salas de aula bem ventiladas e iluminadas, com 3 ventiladores de teto cada e toldo em todas as janelas.
Turno matutino funciona: salas de 5ª, 6ª, 7ª, 8ª, 1º, 2º, 3º, PAV
Turno vespertino funciona salas de 5ª, 6ª, 7ª, 8ª, PAV
Turno noturno funcionam salas de 5ª, 6ª, 7ª, 8ª, 1º, 2º, 3º, PAV, Eja fundamental, Eja Médio, Habilitação para o magistério e Adicional em pré escolar.
. Professores - 57 fazem parte do corpo docente: 42 Efetivos e 15 designados dos quais todos possuem Formação Superior (licenciatura), muitos deles possuem 2 cargos.

SÍNTESE FINAL
A recepção da direção, professores e alunos foi muito boa, me senti muito à vontade, tanto a direção como a professora colocaram-se à disposição para qualquer necessidade que viesse surgir. O material que a escola dispunha, também me foi oferecido. Me senti muito bem, isso me deu muito ânimo e senti uma energia muito positiva, pois é uma ambiente bom de se trabalhar, lá as pessoas são felizes.

Estagiária___________________________________________________________________
Supervisor do estágio__________________________________________________________
Coordenador pedagógico ______________________________________________________
IMAGEM DA INSTITUIÇÃO DO ESTÁGIO
Fig. 01 – foto de parte do prédio na década de 70

Fig. - 02 – foto de parte do prédio no ano 2000

8 – ETAPA DA PRÁTICA DA ATIVIDADE DOCENTE

8.1 - PLANEJAMENTO DA ATIVIDADE DOCENTE
O estagiário assume a classe para regência no lugar do professor. Essa atividade requer a elaboração antecipada de plano de aula, seleção e preparação de material didático, apresentados ao professor da sala e ao supervisor de estágio. É uma continuidade da observação criteriosa do processo educacional.
Nessa etapa do processo pedagógico tive contato direto com a atividade docente onde pude elaborar o planejamento de aulas sugeridas pela professora para não fragmentar seu trabalho e colaborar para o rendimento objetivado por ela.
Não tive problemas em executar esta parte do estágio, por ser professora da disciplina, gostar e ter grande domínio no assunto. Meu pensamento então se voltou para inovar um pouco mais minha atuação, aplicando o conhecimento adquirido neste curso, onde as palavras usadas e até o sotaque dos colegas pra mim eram novos. No momento de receber o conteúdo que iria ministrar, que senti que seria possível criar um ambiente novo e que poderia mudar meu comportamento na atuação. Só tinha a visão de professora e passei a ter uma visão de estudante, isso intensificou minha vontade de lecionar e contribuir para uma possível melhoria pessoal e profissional. Ficou determinado que o mesmo assunto fosse dado nas 4 turmas.

8.2 - CRONOGRAMA
Optei por separar toda 2ª feira para a regência, pois sendo no turno noturno, tive receio de não haver o aproveitamento que espero, pois final de semana a freqüência começa a ficar menor, especialmente neste primeiro semestre: época de colheita de café, maior fonte de renda do nosso município.
Também não tive problemas com chegada de alunos atrasados, pois os horários das aulas são 2º”04, 2º”05”, EJA único e 3º”03” são os 2º, 3º, 4º e 5º período de aula respectivamente. Parece que o horário foi planejado para o sucesso do estágio, pois o 1º período tem poucos alunos, visto que alguns chegam atrasados por motivo de trabalho.
Os dias destinados a regência no estágio são:
 21 e 28 de fevereiro de 2011
 14,21 e 28 de março de 2011
 04, 11,18 e 25 de abril de 2011
 02, 09, 16, 23 e 30 de maior de 2011
 06 de junho de 2011
8.3 -- RECURSOS DIDÁTICOS
Alunos motivados, maduros, sem dificuldades, material (de minha propriedade particular) e estrutura adequada. Para todas as aulas confeccionei material impresso sobre o assunto para não perder tempo escrevendo no quadro. A utilização de materiais para tornar a aula mais interativa foi adequada, pois não eram extensos ou cansativos: Os vídeos usados eram curtos (baixados do You Tube) e serviam pra ilustrar o assunto trabalhado. Foram reproduzidos a partir o meu leptop com um mini projetor multimídia.
Listando tudo usei apostilas com textos dentro do tema, quadro de giz, giz, apagador, textos, papel A4, Leptop, projetor multimídia, programas de computador filmes alusivos.
Tudo isso me deu mais segurança: nada poderia falta nem estar ocupado por outro professor.

8.4 – AVALIAÇÃO
A avaliação será feita de forma contínua, através de observações, participação do aluno, interesse, compromisso, seriedade e cumprimento das atividades propostas, a fim de diagnosticar a situação de aprendizagem, o desempenho do aluno para estabelecer os objetivos que norteiam o planejamento da ação pedagógica, num processo contínuo do qual participam o professor e os alunos. Predominando os aspectos qualitativos da aprendizagem sobre os quantitativos. Na apreciação dos aspectos qualitativos são levados em conta a compreensão dos fatos, a percepção das relações, a aplicação do conhecimento, a capacidade de análise e síntese além de outras habilidades.

8.5 - RELATÓRIO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA REGÊNCIA
Com a finalidade de ilustrar as contribuições que o ESTÁGIO Supervisionado me proporcionou na prática da regência, relato, em síntese, a experiência que tive ao realizar meu Estágio. Planejei e executei as seguintes aulas com louvor:
1-Casamento – relação banalizada- 21/02/2011 - Ministrei a aula nas 4 turmas no horário correto, conforme o planejado. O nível de interesse dos alunos varia muito de uma sala pra outra, mas no geral se mostraram bastante participativos, interagindo e ajudando no andamento das aulas.
Usei uma técnica para mostrar a importância da família: perguntei a eles onde e como seus pais se conhecerem e há quanto tempo. As respostas são sempre: moravam perto (na mesma comunidade), na igreja, em festas, na escola, na igreja, através de familiares. Chegamos a conclusão que as famílias começam nas principais instituições sociais. Quanto ao tempo da união dos pais, a maioria se mostra satisfeito quando ha separação dos pais, em geral ficam com a mãe, que tem sua liberdade controlada pelos filhos e tem pouca ou nenhuma convivência com os pais.
2-Bons costumes – 28/02/2011 - Ministrei a aula nas 4 turmas no horário correto, conforme o planejado. Não houve tempo de passar o filme programado porque a turma quis acrescentar normas de boas relações e costumes que incomodam a vida em sociedade, fizeram comentários ilustrativos. Apenas recomendei que quem pudesse assistir, deveria analisar a diferença de costumes. Saímos da rotina, e fizemos um atividade prazerosa onde os alunos puderam dialogar sobre a importância do respeito na relação com o outro.
3-Mulher brasileira – 14/03/2011 –Confeccionei gráficos com dados informativos para análise além do material de acompanhamento. Fiquei satisfeita porque o objetivo da aula foi alcançado. Adorei esse dia, pois consegui provocar neles curiosidades e a atenção de cada um deles, onde situações reais foram trazidas para dentro da sala de aula.
4-Sociopatia – 21/03/2011 – Turma motivada e grande participação. Lemos o texto e comentamos sobre o risco que corremos com pessoas tão perigosas que vivem em nosso meio. Alguns identificaram pessoas de suas relações com todas as características do texto e outros narraram casos que já ouviram nos telejornais ou junto a família.
5-Tribos atuais – 28/03/2011 – foi uma aula muito agitada: cada um querendo distinguir com mais detalhes as principais tribos que conhecem – características, hábitos, roupas e acessórios, comportamento.
6-O poder da imagem – 04/04/2011 - Trabalhei com os alunos a 1ª impressão, a leitura da imagem criada por cada um. Foi analisada a influencia da mídia na imagem de cada um e a sua importância social. Apresentei a eles uma imagem de uma pessoa conservadora e uma moderna para descreverem a diferença. No decorrer da aula surgiram inúmeras perguntas e considerações dos alunos, sobre a imagem. Nas observações discordaram em vários aspectos sobre a imagem. Cada um têm uma maneira diferente de ver a imagem das coisas e pessoas, às vezes concordam com a resposta do colega e, em seguida, acabam mudando de opinião. È engraçado porque até eu, estagiária, acabei ficando confusa em alguns momentos porque os alunos observam coisas que até então eu não havia percebido na imagem.
7-Vestimenta jovem: uma lenda azul – 11/04/2011 – Percebi que cada debate fica ainda mais empolgante, quando o assunto lhes interessa. Vi que a mídia influencia tanto que eles não só acham a calça jeans como vestimenta de jovem, como a consideram leve, prática, fácil de lavar, etc.(o que analisando friamente não condiz com a realidade). Levantaram o ponto positivo dela universalizar as pessoas, fazendo com que só as grifes os diferencie. Viram também que até as grifes modificam no tempo e no espaço.
8-Globalização – 18/04/2011 - Preparei para esta aula músicas, gravuras e objetos mundialmente conhecidos. Os objetivos propostos foram compreendidos pelos alunos, através de suas atitudes durante as aulas ocorridas. O foco principal era fazer o aluno perceber a contribuição e responsabilidade de cada um é importante para a conservação e preparação para um mundo melhor e mais unido. Elaboramos um painel sobre produtos, coisas, rótulos, costumes, danças e comportamentos universais.
9-Importância do nome – 25/04 - Os alunos realizaram as tarefas com entusiasmo e dedicação. Aprendi muito com eles que participaram das tarefas sem reclamações e sempre dispostos. O foco principal e objetivo proposto foi bem aceito por todos. A dificuldade que encontrei na realização foi esclarecer o clamor de alguns que achavam necessário a oportunidade de escolher seu próprio nome, assim como fazem artistas e políticos. O significado dos próprios nomes também era, até esta aula, uma incógnita para muitos. Rimos muito da cacofonia que alguns nomes proporcionam. Ao fim da aula os alunos foram convidados a criarem pseudônimos criativos pra os colegas de classe, tendo como base o respeito a cada um.
10-Consumismo – 02/05/2011 – Foi uma aula dinâmica e participativa (aliás, como tem sido todas as outras). Criamos, no quadro, uma tabela com a lista do consumo cotidiano. Acrescentamos o motivo que nos leva a consumir cada uma das citações, a freqüência com que é consumida, o valor gasto, identificamos o que é necessário e o que é supérfluo e analisamos o efeito em nossas vidas da privação de algumas daquelas citações. Os alunos participaram das atividades propostas com entusiasmo, alegria e realizaram as mesmas com maturidade, educação e alegria. A produção do quadro foi muito interessante, pena não terem hábito de construir e analisar gráficos.
11-Automedicação -09/05 - Fui muito feliz ao apresentar o assunto para o qual todos demonstraram grande interesse. Tudo concorreu para o bom desenvolvimento da aula, pois além do assunto, o ambiente era muito bom: uma experiência positiva a mais para mim. Nunca imaginei que com 32 anos de magistério eu pudesse ter uma experiência tão gratificante como esta que estava acontecendo. Os alunos demonstraram interesse e entusiasmo nas atividades propostas. O objetivo de mostrar os ricos da automedicação foram bem absorvidos. A aula foi muito proveitosa e gratificante.
12-Alcoolismo – 16/05 - Neste dia a aula aconteceu totalmente diferente do planejado: o álcool é mesmo uma droga lícita e socialmente aceita. Os alunos concordam em seus efeitos devastadoras, conseqüências sociais e financeiras, mas acham o seu consumo necessário ao sucesso de eventos familiares e comunitários. Listamos no quadro o que leva as pessoas a beberem, seus efeitos e porque algumas não conseguem parar. Por fim analisamos as conseqüências para a família, economia e sociedade. No final da aula senti mais comprometimento por parte dos alunos.
13-Cigarro – 23/05 – a aula foi extremamente envolvente. Senti que estávamos inseridos no contexto de uma forma muito boa. Senti que os objetivos foram plenamente alcançados. A maioria ficou impressionada com os elementos que compõem o cigarro e com os riscos que todos correm: fumantes ou não. Levantamos as dificuldades enfrentadas pra parar de fumar e concluímos que o vício é prejudicial, desagradável, mal-cheiroso e dispendioso. Levantamos propostas para auxiliar os fumantes a deixarem o vicio.
14-Drogas – 30/05 – esta aula veio a aprofundar o assunto das duas últimas. Seria como o fechamento dos riscos sociais que podem destruir as pessoas e suas famílias. Debatemos sobre o assunto. Listamos drogas lícitas e proibidas, seus feitos e conseqüências. Levantamos formas de evitar o uso e combate a propagação. Fizemos análise de casos de pessoas que se envolveram neste mundo e o fim trágico que tiveram.
15-Morte – 06/06 – A aula não estava programada. Foi solicitada pela professora regente porque uma das alunas havia perdido a mãe no final de semana de maneira súbita. Os alunos ficaram compadecidos pelo ocorrido com a colega que já não tinha pai ou irmãos, mas se surpreenderam com sua superação que compareceu a aula e participou das atividades como se nada houvesse acontecido. A aula teve desenvolvimento normal, conforme planejado.

SINTESE
O nível de interesse dos alunos varia muito de uma sala pra outra, mas no geral se mostraram bastante participativos, interagindo e ajudando no andamento das aulas, demonstrando mais interesse em aulas mais dinâmicas. O período de regência se cumpriu dentro da normalidade sem nenhum imprevisto, talvez por causa do dia da semana que escolhida. As paralisações de reivindicações profissionais são normalmente nas 3ª ou 5ª feira.
A dinâmicas aplicadas os alunos foram gostando do jeito diferenciado de passar as aulas e conseqüentemente aprendendo a matéria.
A falta de professores não foi uma constante, não sendo necessário dar aula em 2 turmas pra dispensa. As turmas se comportaram de maneira exemplar e se mostraram receptivas e interessadas aos conteúdos preparados, contribuindo para o bom andamento do trabalho.
Foi um momento muito enriquecedor para todas as partes envolvidas. Mas a regência não contribuiu apenas para os alunos. Percebo que a maior beneficiada fui eu, pois a experiência motivou-me a me aprimorar mais e promover aulas bastante participativas e significativas. Além disso, o meu olhar para a escola, para os professores, para o aluno e para o processo ensino-aprendizagem se intensificou.
O desempenho foi satisfatório, não apenas pelo aprendizado, pelos gestos de aceitação ou pelo retorno dado a cada atividade aplicada em sala de aula. Via-se que a recíproca era verdadeira, uma vez que foi entregue no último dia do estágio um questionário para a avaliação do trabalho e o balanço do mesmo foi muito compensador. Tudo isso acrescido ainda da simpatia, a relação de amizade com os alunos, explícitos nos sorrisos, nos elogios e o carinho demonstrado nesse período.
Todas as etapas do estágio foram importantes e enriquecedoras, mas nenhuma delas se compara aos momentos mágicos vividos na sala de aula.
No encerramento os alunos prepararam uma confraternização pra despedida.
O período passou rápido e foi inesquecível. Foi um grande período na minha vida!

Estagiária______________________________________________________________
Professor da disciplina____________________________________________________
Supervisor do estágio_____________________________________________________
Coordenador pedagógico__________________________________________________












9 – ETAPA DA GESTÃO ESCOLAR

9.1 - PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO (PDE)
O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) da E.E. ”Dr. Adalmário José dos Santos” retrata um conjunto de metas e ações. Tem como objetivo principal elevar o nível da educação da escola. É considerado um processo de planejamento estratégico desenvolvido pela escola para a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem.
O PDE não é um plano, mas uma política pública, um conjunto de medidas e metas estabelecido por decreto e está mais ligado ao Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Se apresenta como um esforço disciplinado da escola para produzir decisões e ações que moldam e guiam o que ela é, o que faz e por que assim o faz, com um foco no futuro.
É uma ferramenta gerencial que auxilia a escola a realizar melhor o seu trabalho: focalizar sua energia, assegurar que sua equipe trabalhe para atingir os mesmos objetivos e avaliar e adequar sua direção em resposta a um ambiente em constante mudança.
É um combate ao ensino ruim que a Educação Básica oferece, uma luta para garantir a permanência dos alunos e o objetivo de conclusão de um ensino de qualidade.
Para analisar a garantia de permanência na escola à qualidade do ensino, lança mão dos dados do Ideb que compõe resultados dos alunos nas avaliações nacionais com as taxas de aprovação e evasão da escola. Assim, ele não é apenas um número nacional, mas reflete a realidade da nossa escola. Isso permite identificar os pontos de estrangulamento e tomar medidas para saná-los. É um trabalho diário efetivo que a escola realiza.
Aqui o diretor envolve todos no sentido de ter uma clareza sobre o sentido da Educação, distinguir o que é imprescindível para o trabalho pedagógico contínuo e planejado, o que inviabiliza o alcance de metas. As questões do dia a dia são trabalhadas constantemente para que as metas do PDE sejam atingidas.

9.2 - O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP)
O PPP define a identidade da escola e indica caminhos para ensinar com qualidade. Lista o conjunto de objetivos que a escola quer alcançar, metas a cumprir e sonhos a realizar, bem como os meios para concretizá-las.
Ajuda a comunidade escolar a entender por que e para que existe esse espaço educativo e a partir daí, entender a proposta curricular que estabelece o que e como se ensina, a formas de avaliação da aprendizagem, a organização do tempo e o uso do espaço na escola, entre outros pontos.
As próprias palavras que compõem o nome do documento dizem muito sobre ele:
-É projeto porque reúne propostas de ação concreta a executar durante determinado período de tempo.
-É político porque considera a escola como um espaço de formação de cidadãos conscientes, responsáveis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na sociedade, modificando os rumos que ela vai seguir.
- É pedagógico porque define e organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao processo de ensino e aprendizagem.
Ao juntar as três dimensões, o PPP ganha a força de um guia que indica a direção a seguir para diretores, professores, funcionários, alunos e famílias.
Achei o PPP bastante completo: o suficiente para não deixar dúvidas sobre essa rota. Também é flexível o bastante para se adaptar às necessidades de aprendizagem dos alunos.
Apresenta os seguintes tópicos:
- Missão
- Clientela
- Dados sobre a aprendizagem
- Relação com as famílias
- Recursos
- Diretrizes pedagógicas
- Plano de ação
Por ter tantas informações relevantes, o PPP acaba sendo uma ferramenta de planejamento e avaliação onde todos os membros da comunidade escolar devem consultar a cada tomada de decisão.
É bastante usado, não fica guardado na gaveta. Uma cópia fica exposta na prateleira de uso freqüente na sala de professores, supervisão e direção.
Já foi atualizado este ano por proposta da comunidade escolar. É um documento vivo e eficiente na medida em que serve de parâmetro para discutir referências, experiências e ações de curto, médio e longo prazo.
O diretor tem o papel de gerir a equipe na condução do famoso PPP com a cobrança e fiscalização de todos.
Estagiária____________________________________________________________
Supervisor do estágio_________________________________________________
Coordenador pedagógico _______________________________________________
9.3 - ÉTICA INSTITUCIONAL
Com base na legislação que dispõe sobre a conduta ética do servidor público (Decreto 43885/2004) e nas boas relações que o relacionamento na minha escola de estágio se dá.
Todo funcionário da escola tem o dever ético de: agir com lealdade e boa-fé; respeitar e ser justo e honesto no desempenho de suas funções e em suas relações com servidores, superiores e usuários do serviço; atender prontamente às questões que lhe forem encaminhadas; prestar contas de suas atividades; aperfeiçoar o processo de comunicação e contato com o público; praticar a cortesia e a urbanidade nas relações e respeitar a capacidade e limitações individuais de seus usuários sem preconceito ou discriminação; representar contra atos ilegais ou imorais; resistir às pressões de superiores e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas, em decorrência de ações ilegais ou imorais, denunciando sua prática; ser assíduo e freqüente ao serviço; comunicar imediatamente aos superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis; manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho; participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício de suas funções, tendo por fim o bem comum; apresentar-se com vestes adequadas ao exercício da função; manter-se atualizado com as instruções, normas e legislação pertinentes; facilitar a fiscalização e controle; exercer a função, o poder ou a autoridade de acordo com as exigências da administração pública e observar os princípios e valores da ética pública.
Como resultantes da conduta ética que deve imperar no ambiente de trabalho e nas relações interpessoais, o funcionário tem: igualdade de acesso a oportunidades de crescimento; intelectual e profissional; liberdade de manifestação, observado o respeito à imagem da instituição e dos demais agentes públicos; igualdade de oportunidade nos sistemas de aferição, avaliação e reconhecimento de desempenho; manifestação sobre fatos que
possam prejudicar seu desempenho ou sua reputação; sigilo a informação de ordem pessoal;
atuação em defesa de interesse ou direito legítimo; e ter ciência de acusações e vista dos autos, quando for investigado.
O funcionário não pode utilizar-se de cargo ou função, de facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem; prejudicar deliberadamente a reputação de servidores, superiores ou cidadãos que deles dependam; ser conivente com erro ou infração; usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito de qualquer pessoa; deixar de usar avanços técnicos e científicos ao seu alcance e conhecimento para aprimorar a profissão; permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o público, colegas, superiores ou inferiores; pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou influenciar outro servidor para o mesmo fim; aceitar presentes, benefícios ou vantagens de terceiros, salvo brindes sem valor comercial ou distribuídos como cortesia, propaganda, divulgação habitual ou por ocasião de eventos especiais ou datas comemorativas e não ultrapassem o valor de um salário mínimo; alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências; tentar ou iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços públicos; desviar servidor para interesse particular; retirar da repartição pública, sem autorização legal, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público; usar informações privilegiadas obtidas no âmbito interno do serviço, em benefício próprio, de parentes, amigos ou terceiros; apresentar-se embriagado no serviço ou, habitualmente, fora dele; atuar em instituição que atente contra a moral, honestidade ou dignidade; exercer atividade profissional antiética ou ligar o seu nome a empreendimentos que atentem contra a moral pública e permitir que interesses particulares prevaleçam sobre o interesse público.
A escola tem uma Comissão de Ética composta por 3 membros da escola, que atua voluntariamente, encarregada de orientar e aconselhar o servidor no tratamento com as pessoas e o patrimônio público. O denunciante, a autoridade e o Conselho de Ética, podem produzir prova documental e promover as diligências que considerar necessárias, bem como solicitar parecer de especialista, se julgar imprescindível para esclarecer a contenda. A direção deve procurar preservar a imagem da escola pacificando conflitos e evitando situação que possa gerar dúvida sobre a sua probidade ou imparcialidade. Divergências entre autoridades são resolvidas internamente e a manifestação publicamente sobre o assunto evitada.
Assim como determinado, é aplicado na escola.

Estagiária_______________________________________________________________
Supervisor do estágio_____________________________________________________
Coordenador pedagógico __________________________________________________

10 – CONHECIMENTO DA REALIDADE ESCOLAR

10.1 - GESTÃO ESCOLAR
A administração desta Escola é exercida pelo diretor Aluisio Augusto Sanglard, habilitado e autorizado pela manifestação popular feita a cada 4 anos. Consta com 2 vice – diretores: Luis Carlos Pereira e Denise Maria Vinces Pereira, eleitos juntamente com ele. Sua função é ser articulador político pedagógico e administrativo da Escola. Para assegurar a unidade da direção ela atua conjuntamente com o respaldo do Colegiado.
Sua função é administrar o patrimônio da escola, que compreende as instalações físicas, os equipamentos e materiais; coordena a administração financeira e a contabilidade da escola; administração de pessoal; favorecer a gestão participativa, gerenciar ações de desenvolvimento dos recursos humanos da escola e coordena a elaboração, implementação e avaliação do Plano de Desenvolvimento da Escola - PDE. Os vice-diretores respondem pelo turno vespertino e noturno respectivamente e substituem o Diretor em suas faltas ou impedimentos eventuais e auxiliam no desempenho de suas funções.
Este ano estes dois vices se apresentaram como uma chapa concorrente ao atual diretor na votação para eleger o novo diretor que tomará posse no fim do 1º semestre e saíram vitoriosos.

10.2 - GESTÃO FINANCEIRA
O planejamento financeiro da escola tem as seguintes diretrizes:
• Garantir uma gestão financeira eficiente
• Angariar contribuições em dinheiro para a equipe
• Documentos úteis para o diretor
• O dinheiro pertence a Educação
Os recursos financeiros da escola são administrados pelo diretor. Como não é tarefa fácil, ele conta com ajuda de um conselho composto pela comunidade escolar que avalia muito bem onde aplicá-los de tal forma que tenham reflexos na qualidade do ensino e na aprendizagem dos alunos. Para isso planejam os gastos na linha dos objetivos traçados no projeto político pedagógico (PPP). O objetivo é investir para garantir o funcionamento da escola em condições satisfatórias.
O conceito pode parecer óbvio, mas nem sempre é levado a sério. Mesmo com autonomia para gerir os recursos, muitas vezes a equipe gestora se depara com o dilema de onde aplicá-los. Para tanto, lança mão das decisões que têm de ser tomadas em conjunto com a comunidade escolar.
As principais fontes de recursos de uma escola são o governo Federal, que repassa verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Os governos estaduais e municipais, por meio das secretarias de Educação, coordenam programas que destinam verbas específicas para a merenda, a compra de materiais etc. Para fazer o dinheiro render, o diretor aplica soluções alternativas compartilhada com a comunidade (que ajuda a decidir).

10.3 - COLEGIADO
O Colegiado é um órgão representativo da Comunidade Escolar com função deliberativa e consultiva nos assuntos referentes à gestão pedagógica, administrativa e financeira, respeitadas as normas legais pertinentes. As funções de caráter deliberativo as decisões pedagógicas, administrativas e financeiras. As funções de caráter consultivo referem-se a emissão de pareceres quando solicitado pelo Diretor da Escola ou pela comunidade escolar, incluindo: PPP, PDE e Regimento Escolar; Além de ações que visem a melhoria da educação, sobretudo aquelas que considerem os resultados das avaliações internas e externas e de pesquisas educacionais;
É composto por representantes eleitos dos professores, especialistas, pais, alunos e demais servidores do quadro da escola. Analisam e opinam sobre o processo de avaliação da escola, calendário escolar, quadro de horário da escola; aplicação dos recursos financeiros geridos pela Caixa Escolar, levando em conta as necessidades da Escola e fiscalização dos recursos públicos.
Suas reuniões são convocadas com o mínimo de 48h de antecedência e presididas pelo diretor e podem admitir a participação de pessoas integrantes da comunidade escolar, com direito a voz, sem direito a voto.

10.4 - A ORGANIZAÇÃO DIDÁTICA E ESTRUTURAÇÃO DO ENSINO
O Ensino deve garantir as oportunidades educativas para o atendimento das necessidades básicas de aprendizagem dos alunos, focalizando em especial o domínio dos instrumentos essenciais à aprendizagem para toda a vida – a leitura, a escrita, a expressão oral, o cálculo, a capacidade de solucionar problemas e elaborar projetos de intervenção na realidade, bem como valores e atitudes fundamentais à vida pessoal e à convivência social.
É adotado o regime anual. A semana letiva tem 5 dias cada um com 5 módulo/aula com duração de 50min. O currículo segue a Base Nacional Comum obrigatória. A parte diversificada atende as necessidades e peculiaridades locais. A língua estrangeira é o Inglês. A Educação Física é ministrada extra classe na quadra poliesportiva municipal, próxima a escola. A nossa está em construção desde Julho de 2010. A Educação Religiosa é oferecida pela Escola, mas facultativa para o aluno.
A organização das Classes usa critérios que garantam o atendimento aos alunos no processo de aprendizagem.
Os conteúdos das diferentes disciplinas serão elaborados pelos respectivos professores, com a orientação dos Especialistas de Educação com base no Plano Curricular Nacional.
O ano letivo tem 200 dias de trabalho escolar, excluindo o tempo reservado a recuperação. O Calendário Escolar é elaborado em reunião por todos da escola, aprovado pelo Colegiado e fiscalizado pelo Inspeção.
A Escola faz o controle sistemático da freqüência dos alunos às atividades escolares e seu registro é de responsabilidade do professor. A apuração da assiduidade é comunicada ao pai ou responsável, durante o decorrer do período letivo, sempre que houver necessidade e, no mínimo, periodicamente. A infreqüência, após a advertência aos pais, é comunicada ao Conselho Tutelar e Promotoria.

10.5 - SECRETARIA
Acompanhei os trabalhos da secretais observando seu trabalho diário:
Toda a escrituração escolar fica sob sua responsabilidade, registrando sistematicamente, fatos relativos a vida escolar da escola e de cada aluno, com o objetivo de assegurar a verificação da identidade de cada aluno e da regularidade e autenticidade de sua vida escolar e o melhor acesso a informações escolares, no mínimo tempo, com o menor esforço possível.
A secretaria fica atenta e transcreve todos os dados de maneira exata, como constam os documentos originais e arquiva uma 2ª via de todo documento expedido, onde faz constar, obrigatoriamente, a identificação do funcionário que lhe concedeu reconhecimento e o funcionário responsável pelo setor, que assina dividindo solidariamente a responsabilidade dos atos. Seus nomes figuram por extenso e são acompanhados de carimbo pessoal e os números dos respectivos registros e autorização.
A documentação expedida pelo estabelecimento tanto quando a apresentada pelo aluno é registrada com letra legível, sem rasuras, tem os espaços não preenchidos inutilizados com um traço e os espaços destinados a observação contem todas as indicações necessárias a maior compreensão dos dados contidos no documento, bem como outros dados significativos não previstos no formulário. A cópia autenticada dispensa a apresentação do documento original. Se a cópia não for autenticada, é exigido o documento original para que o funcionário compare os dois documentos e autentique a copia no ato, devolvendo o original que nunca fica na escola, por ser ilícita a retenção de qualquer documento de identificação pessoal.
É considerado erro alterações datilografas, digitadas ou escritas, corrigidas com auxilio de borracha, removedor de tinta, rebatidas ou rapadas, colagens e outras situações suspeitas. São observadas divergências entre nomes, datas, locais, somatórios, registros de rendimento escolar nos diversos instrumentos escolares, assim como a falta de assinatura do responsável.
Vários livros de registros são considerados importantes no andamento da escola: posse de funcionários; matrícula; resultados finais; transferências recebidas e expedidas; recortes de publicações do diário oficial; ocorrências gerais; expedição de diplomas; visita do inspetor escolar; ata de incineração, caixa escolar; ata de reuniões; etc. Também são mantidas pastas individuais dos professores, funcionários e alunos. Outros livros ou pastas podem ser criados se necessário para manter atualizada a situação real do estabelecimento.
O arquivamento organizado é necessário para guardar adequadamente a documentação escolar, evitando repetições, favorecendo a racionalização do trabalho, a tomada de decisões e atendendo prontamente a consultas. A melhor maneira de organizar este importante setor fica a critério da escola, considerando as suas peculiaridades. Pode ser em ordem alfabética, numérica, cronológica, nominal, etc.: deve ser racional, simples, clara e perfeitamente escriturado e organizado, de forma que, em qualquer época, outras pessoas que vierem a lidar com ele, imediatamente tenham condições de entendê-lo e manuseá-lo.
Ao arquivo vivo pertencem as pastas de assentamentos individuais e os documentos que se refiram aos alunos matriculados e professores/funcionários em exercício na escola. Os documentos constantes dos arquivos (vivo ou morto) devem ser expedidos e/ou recebidos sem rasuras, exceto se houver ressalva elucidativa, devidamente assinada. Os espaços em branco devem ser inutilizados de forma a evitar preenchimentos futuros que adulterem ou falsifiquem o documento. A escrituração deve ser feita com muita limpeza, precisão, clareza e letra bem legível, para que seja entendida em qualquer época, por qualquer pessoa.
Será removido para o arquivo morto todas as pastas de assentamentos individuais e documentos de alunos não mais matriculados na escola, ex-funcionários e ex-professores.
Periodicamente são incinerados, mediante lavratura de termo do diretor em livro próprio, documentos considerados sem importância para a escola, criando espaço para arquivamento de novos documentos.
O trabalho é todo informatizado e ligado em rede a sala de direção e supervisão pedagógica. A meu ver só falta os pais terem acesso a essa informação on line do seu computador residencial.

10.6 - PROFESSORES
Na escola são mais de meia centena de professores que convivem diariamente: quase uma família: muitos tem 2 cargos e se encontram semanalmente nas reuniões de módulo, além das janelas no horário de trabalho e o recreio. Alguns professores a mais se acrescentam de forma provisória, como contratados, as vezes renovando anualmente, outros substituindo esporadicamente.
Existe entre eles um respeito condigno e compatível com a missão de professor, além da alegria de poder conviver planejando juntos melhorias, trocando experiências e desejando sempre o sucesso dos alunos, consequentemente, o sucesso profissional.
A jornada de trabalho de um cargo é de 24h, sendo 18h de regência efetiva, em sala de aula, na disciplina em que for habilitado e 6h de módulo sendo 2h de encontros presenciais durante a semana e 4h para planejamento de trabalhos, controle e avaliação do rendimento escolar, recuperação de alunos, auto - aperfeiçoamento, pesquisa educacional e participação ativa na vida comunitária da escola.
Existe um critério interno de distribuição de aulas entre professores de mesma habilitação em que se considera e valoriza a habilitação e experiência. Entre suas outras competências, observa-se:
• Zelar pela formação moral, religiosa e cívica dos alunos, incentivar a manutenção de manifestações culturais contribuindo para a formação integral dos alunos
• Manter cooperação e clima favorável ao desenvolvimento do processo educacional;
• Tratar os alunos, colegas e funcionários com urbanidade;
• Estimular nos alunos o hábito de estudos;
• Cultivar o hábito de cantar hinos cívicos, orar, manter tradições;
• Elaborar cronogramas, planejamentos de aulas, e instrumentos de avaliação;
• Cumprir horários, cronogramas e o calendário escolar;
• Manter em dia os registros de classe relativos à ação docente (diários);
• Fazer com que sejam observadas a ordem e a disciplina na sala de aula e nas demais dependências da escola;
• Avaliar o desempenho global dos alunos, conforme sistema adotado pelo estabelecimento;
• Entregar à secretaria, dentro do prazo estipulado, resultados das avaliações;
• Orientar especificamente alunos com dificuldades;
• Participar da elaboração dos projetos de recuperação e executá-los;
• Solicitar a presença dos pais á escola, quando necessário;
• Participar dos Conselhos de classe, reuniões, treinamentos, cursos, grupos de trabalho, planejamentos e de outras atividades extras;
• Colaborar no processo de supervisão pedagógica e orientação educacional;
• Colaborar na organização e execução dos eventos promovidos pela escola, orientando, incentivando e, quando necessário acompanhando a sua turma;
• Zelar pelo bom uso, conservação e manutenção das instalações, equipamentos e materiais do estabelecimento;
• Passar tarefas de casa para o aluno considerando o grau de dificuldade dos exercícios, a qualidade e não quantidade dos mesmos e a relevância destes na fixação da aprendizagem e verificar seu cumprimento, corrigindo-a.
• Abster-se de ação ou omissão que traga prejuízo físico, humilhante, moral ou intelectual ou resulte em exemplo deseducativo e/ou discriminatório para o aluno;
• Injuriar ou agredir membros da administração, do corpo docente, discente ou técnico dentro e fora da escola;
• Incitar atos de rebeldia ou participar dos mesmos;
• Proferir, escrever ou desenhar coisas ofensivas à moral e aos bons costumes.

10.7 - PLANEJAMENTO ANUAL DO PROFESSOR
Elaborado no inicio do ano letivo, em conjunto, pelos professores da disciplina que se reúnem na escola em período previamente determinado pelo calendário escolar. Essa atividade desafiadora não é vista pela professora como mera burocracia, mas o melhor momento para que todos os envolvidos no processo educacional sejam inseridos, pela experiência docente, para repensar a disciplina e sua missão, a atuação dos professores e quais finalidades desejam atingir.
O planejamento não se restringe ao programa de ensino a ser ministrado na disciplina. Ele vai muito além. Está inserido dentro do plano global da escola, que inclui o papel social, as metas e seus objetivos e também determinam expectativas de aprendizagem para as diferentes áreas de conhecimento.
O planejamento tem como elemento básico a finalidade, a realidade e o plano de ação. A finalidade é a intenções do professor, o que ele espera conseguir durante o ano letivo, tomando por base as orientações das secretarias de Educação, levando em conta a realidade da qual fazem parte professores, escola e alunos.
Em termos gerais, o planejamento considera aspectos sociais da comunidade, problemas e necessidades locais e, por fim, a diversidade dentro da sala de aula. A questão da diversidade vai além das questões culturais e de vivência. Inclui os diferentes graus de conhecimento entre os alunos sobre determinados conteúdos.
O planejamento foi elaborado depois de conhecer as turmas em que será aplicado, de acordo com as suas características e seus níveis prévios de conhecimento.
Tem o foco na aprendizagem de todos e envolve problemas de toda a comunidade escolar. Tem sido desempenhado a contento, constantemente monitorado pela supervisão pedagógica e tem abertura para redirecionamentos.

Estagiária____________________________________________________________

Supervisor do estágio____________________________________________________

Coordenador pedagógico __________________________________________________








11 - SUPERVISÃO ESCOLAR
É exercido por três profissionais habilitadas, pertencentes ao quadro efetivo da escola e seu trabalho supervisiona do processo didático em seu tríplice aspecto de planejamento, controle e avaliação, abrangendo todo o Ensino fundamental, ensino médio, PAV, EJA, curso de magistério e adicional em pré-escolar.1º “D” e 2º”D” do 2º grau – Vespertino nos turnos matutino, vespertino e noturno.
Também coordenam o planejamento dos professores e a implementação do projeto e do trabalho pedagógico da escola, coordenando e integrando o trabalho dos docentes, dos alunos e de seus familiares em torno de um eixo comum: o ensino- aprendizagem pelo qual perpassam as questões do professor, do aluno e da família. Orientam seu trabalho pelo currículo da escola, envolvendo a comunidade escolar.
Assessoram os professores na escolha e utilização dos procedimentos e recursos didáticos mais adequados ao atingimento dos objetivos curriculares, implementando, acompanhando e avaliando o desenvolvimento do currículo, planos de ensino, redefinindo, conforme as necessidades, estratégias, métodos e materiais de ensino, mediante as quais as dificuldades identificadas possam ser trabalhadas, em nível pedagógico.
São verdadeiros articuladores ao avaliar o trabalho pedagógico, após constatar e interpretar dados referentes a produtividade do corpo docente sistematicamente, junto aos docentes de cada área, ajudando a definir atividades específicas e coordenado um programa de capacitação e treinamento do pessoal docente.
Para maior sucesso deste trabalho mantêm intercâmbio com instituições educacionais e/ou pessoas visando sua participação nas atividades de capacitação da escola;
Cuidam também da parte burocrática analisando transferências recebidas de alunos e propondo suplementação, adaptação, cobrando recuperação,dependências de disciplinas,etc.
Como não temos orientador educacional, eles promovem também trabalho de orientação, aconselhamento de alunos em sua formação geral, sondagem de aptidões, entrosamento na escola da família e comunidade.
Identificam ainda, junto com os professores, as dificuldades de aprendizagem dos alunos; encaminha aos professores excedentes, afastados da regência por tempo de serviço e que prestam serviço de recuperação a escola.
Além disso pontuei atividades constantes:
-Elaboração de planos para reuniões de módulos semanais, entrevistas, debates;
-Elaboração de fichas de registros de resultados individuais e coletivos;
-Elaboração de gráficos e relatórios;
-Elaboração, acompanhamento e assessoramento de projetos pedagógicos.
-Estabelecem mecanismos que assegurem a participação e a integração de elementos da escola no planejamento curricular.
-Orientam a seleção e organização de conteúdos curriculares.
-Discutem fundamentos teóricos e legais do currículo.
-Estudam e acompanham, se necessário os pré- requisitos para cada série e orientam como trabalhar com os mesmos.
-Orientação e análise dos exercícios e provas elaboradas pelos professores.
-Divulgação, orientação, seleção de material e procedimentos didáticos, incentivando à troca de experiências e uso de material concreto, sugerindo leituras pedagógicas.
-Promovem a adequação do plano de ensino ao nível da turma.
-Incentiva e colabora na execução de atividades cívico – sociais.
-Elaboração de avisos e circulares.
-Elaboração de gráficos, relatórios, projetos e planos de ação.
-Acompanha e orienta para a realização dos estudos de recuperação.

11.1 – AVALIAÇÃO ESCOLAR
A EE.”Dr. Adalmário José dos Santos” propõe avaliar as novas ações implementadas na Proposta Político Pedagógica bimestralmente: durante o ano letivo de 2011: 1º bimestre: avaliação em abril; 2° bimestre: avaliação em julho; 3° bimestre: avaliação em setembro; 4° bimestre: avaliação em dezembro. Nenhuma avaliação pode ter valor superior a 50% do total dos pontos do bimestre.
A avaliação faz parte do processo ensino-aprendizagem, entendida como diagnóstico do desenvolvimento do aluno na relação da ação dos professores, na perspectiva do aprimoramento do processo educativo e é feita de forma contínua, com encontros periódicos para se discutir o que tem dado certo ou o que devemos mudar para que os objetivos não se percam no decorrer do processo de ensino /aprendizagem e a proposta seja realimentada e implementada de acordo com as necessidades percebidas no decorrer do ano letivo.
A avaliação do processo ensino /aprendizagem tem como objetivo diagnosticar a situação de aprendizagem, o desempenho do aluno para estabelecer os objetivos que nortearão o planejamento e o replanejameto da ação pedagógica a fim de aperfeiçoar o processo ensino aprendizagem, num processo contínuo do qual participam professores, especialistas e alunos. Predominando os aspectos qualitativos da aprendizagem sobre os quantitativos. Na apreciação dos aspectos qualitativos são levados em conta a compreensão dos fatos, a percepção das relações, a aplicação do conhecimento, a capacidade de análise e síntese além de outras habilidades.
É uma tarefa necessária e permanente, por isso é realizada a análise dos resultados obtidos comparando – os com os objetivos propostos a fim de constatar progressos e dificuldades a fim de fazer as correções necessárias.
Os resultados obtidos pelo aluno nas avaliações no decorrer do ano letivo e a apuração da assiduidade são registrados no diário e a boleta entregue na secretaria em tempo hábil para comunicação aos pais.
O processo de avaliação do aluno será sistemático, contínuo, qualitativo, processual, diagnóstica e investigativa. Os alunos serão avaliados ao longo do bimestre, com apresentação de resultados para acompanhar o desempenho do aluno. Os instrumentos usados são variados: exercícios individuais, em grupos, trabalhos escritos, orais, testes, observação do desempenho na realização das atividades propostas diariamente e auto-avaliação, adotada por ser um instrumento indispensável envolvimento no processo ensino aprendizagem. Em todas as atividades o professor deve observar, interpretar e investigar o processo de construção do conhecimento do aluno e seu progresso.
A escola divulga os resultados bimestrais através de boletins que devem ser encaminhados aos pais. Além disso os resultados são registrados no Programa de Avaliação da Rede Pública de Educação Básica (PROEB) e no Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública (SIMAVE) que acompanham o rendimento escolar.

11.1.a- RECUPERAÇÃO
Os alunos que não obtiverem êxito na avaliação são recuperados pelo professor e novamente avaliados até que tenha conseguido aprendizagem satisfatória. A recuperação é contínua e se dá de forma concomitante ao processo ensino aprendizagem: O professor ao detectar alguma dificuldade no desempenho do aluno em relação aos objetivos propostos, faz uma revisão dos procedimentos, recursos, conteúdos e objetivos da unidade de aprendizagem com vistas ao aproveitamento satisfatório de todos os alunos. Na revisão e na fixação da aprendizagem o professor diversifica os procedimentos e recursos didáticos usados, para que todos se coloquem em condições de prosseguir os estudos.
A freqüência insuficiente do aluno também é recuperada mediante atividades apropriadas ao desenvolvimento da aprendizagem, ao longo do período letivo e nos momentos que o professor considerar oportuno, mediante atividades apropriadas, programadas através de pesquisas, tarefas, estudos dirigidos, entrevistas, participação em atividades especiais da escola e comunidade.

11.1.b - ESTUDOS AUTÔNOMOS
Estudos autônomos são obrigatoriamente oferecidos a alunos com rendimento insuficiente, orientando e avaliando o aluno para proporcionar sua recuperação. Também são oferecidas pesquisas, estudos dirigidos, leituras orientadas, questionários exercícios, roteiro de estudo e outros recursos didáticos que terão o valor igual a 30% dos 100 pontos a serem distribuídos.

11.1.c - PROGRESSÃO PARCIAL
É adotada nas 5 séries finais do ensino fundamental e no ensino médio para atender o aluno que não apresentar o desempenho mínimo em até 3 disciplinas. Se não conseguir desempenho mínimo ele fica retido na série em curso, incluindo as disciplinas da série em que se encontra e aquelas em regime de progressão parcial. O aluno só conclui o nível de ensino quando obtiver a aprovação nas disciplinas que estiver em regime de progressão parcial.

11.1.d - PROMOÇÃO
O aluno que alcançar 50% dos pontos e freqüência igual ou superior a 75%. Sem isso ele será submetido a novas oportunidades e avaliações no fim do ano. Se ainda for necessário, receberá um roteiro de atividades para estudos autônomos com pesquisas, estudos dirigidos, leituras orientadas, questionários, exercícios. O aluno prestará exame de verificação do rendimento no 1º dia letivo do ano subseqüente. Se ainda assim não obtiver êxito, passa para série subseqüente, com pendência da disciplina na série anterior.

11.2 - CONSELHO DE CLASSE
Participei de 3 conselhos de classe referentes ao 1º bimestre, sendo 1 no 2º ano” 04”, ”05”, e 3º “03” nos dias 09,12 e 13 de maio respectivamente. Eles são realizados a cada bimestre do ano letivo: param-se as aulas para sua realização.
Como estagiária refleti sobre o seu significado, organização, erros e acertos. Sobretudo, pensei como esta prática pode repensar o modo de avaliar toda a atividade escolar, não deixando de fora a reflexão da instituição escolar como um todo: como está nossa escola hoje? A qual papel ela responde? O que se avalia realmente? Pra que? Quem é avaliado verdadeiramente?
Vi que o que acontece ainda é um momento estéril, onde se repete uma rotina de leitura de notas, queixas, atitudes e pareceres. Se assemelha mais a um divã dos professores e do serviço pedagógico.
Em alguns momentos se assemelha a um tribunal onde se julga a vida escolar dos alunos e a eficiência do trabalho dos professores. Normalmente chega-se a conclusão de que os vários problemas ali apresentados tem uma vasta lista de causas, como família dos alunos, pobreza, desatenção, indisciplina, enfim, sempre se exclui assumir as responsabilidades.
Analisando seriamente o Conselho de Classe, o vi também como um momento de reflexão de toda a prática educativa, onde professores, alunos, pais e especialistas discutem suas dificuldades, mas não basta discutir o significado deste momento: não é o caso que está em questão, mas a sua concepção e objetivo. Avaliar sua realização é que é importante como oportunidade de discutir objetivos, dificuldades, responsabilidades de cada um em todo o processo educacional e as estratégias que serão adotadas para alcançar os objetivos propostos.
A queixa sobre a maturidade e preparação dos alunos para estarem presentes e participarem deste momento é uma constante, mas a prática tem demonstrado que eles já tomaram para si responsabilidades políticas e sociais cada vez maiores.
Vi que para o sucesso da reunião é muito importante a escolha do assunto, duração, horário, dia e local.
Nas reuniões que assisti os poucos pais presentes puderam participar da escolha de assuntos que variam de acordo com seus interesses e necessidades, além de serem estimulados a dizerem o que estão pensando e sentindo. São também ouvidos individual e coletivamente a participarem dos problemas encontrados.

11.3 - REUNIÕES PEDAGÓGICAS
As reuniões pedagógicas acontecem todas as semanas, salvo alguma exceção amplamente divulgada, na 5ª feira das 4h30min a 18h30min. Acontece no salão nobre da escola e sua organização é de responsabilidade das supervisoras pedagógicas. Ocasionalmente o diretor comparece e torna uma parte ou toda ela administrativa.
Deveria ser um espaço coletivo de reflexões e ações, mas não passa de um espaço repetitivo, burocrático, cansativo, com resultados práticos, considerando que a freqüência é pequena e as decisões escolares são tomadas neste período. Assim, a minoria decide pela maioria e não pode reclamar, pois a reunião é para todos, inclusive cortando o pagamento de quem não a freqüenta, pois se trata do módulo 2, previsto no estatuto do magistério.
São esclarecidas dúvidas, instruções regimentais e pedagógicas, planejadas atividades, feitas as reclamações (que na maioria das vezes não é resolvida). Serve como uma espécie de divã escolar. Falar da prática rotineira da escola e oferecer algumas sugestões é o máximo que pode ser feito. Nesse sentido, as reuniões pedagógicas são excelentes instrumentos de discussão sobre os diferentes discursos "falados" pela escola. Não há como evitar discursos trocados e argumentos atravessados, mas a maioria fica só discurso.
Professores precisam de orientação legal! Sim, dar aulas virou um risco, sujeito a processos civis e criminais. São muitas funções e responsabilidades que lhes competem, que se tornaram verdadeiras armadilhas: planejamento, avaliação, diários, reuniões, conteúdos, estudantes, pais, parceiros de trabalho, etc. Ações que exigem um pensar vagaroso, um olhar esperto. As supervisoras não estão preparados para esclarecimento ou informação com o propósito de ampliar nossa capacitação sobre a legislação.
01/02 – reunião administrativa para distribuição de aulas e horário.
24/02 –assunto principal: alunos com dependência.
03/03 –distribuição dos PCNs.
10 e 11/03 - Foram realizadas reuniões para planejamento anual.
17/03 –entrega dos diários escolares
24/03 – elaboração do calendário de provas.
07/04 – reunião discutindo participação na paralisação dos professores.
14/04 – reunião administrativa – criação de chapas para concorrer a eleição de diretor.
28/04 – comemoração do aniversário da inspetora escolar.
05/05 a 20/05 – reuniões de conselho de classe.
05/06 – eleição de diretor.
09/06 – reunião para cobrar dos professores planejamentos, diários do 1º bimestre, pontualidade dos professores e funcionários.
16/06 – escolha do livro didático para o próximo ano.

11.4 - PRÁTICA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA DA INSTITUIÇÃO

11.4.a- PROJETO ACELERAR PARA VENCER (PAV)
A Escola atende a alunos com vários tipos de deficiência física e orgânica. As vezes são dificuldades permanentes outras vezes temporárias, vinculadas a uma ou várias causas.
É oferecida também educação continuada, no programa PAV a alunos repetentes, com dificuldade de aprendizagem, com família com dificuldade financeira, alunos de circos nômades, filhos de pais penitenciários, advindos de Instituições de Recuperação de menores, etc. O programa desenvolvido é o mesmo, acrescido de materiais e equipamentos especiais, com o objetivo de dar condições ao aluno de freqüentar a turma. O planejamento é adaptado para as necessidades educacionais especiais, respeitando a potencialidade e o ritmo de cada um. O tempo de permanência na escola é maior: 2 turnos com intervalo para almoço oferecido pela escola. A recuperação paralela acontece em todas as atividades, a título de reforço e de um maior número de oportunidades tendo em vista que a educação de pessoas com necessidades educacionais especiais exige recuperação permanente.
Merece também tratamento especial os alunos portadores de afecção congênita ou adquirida, infecções, traumatismo ou outras condições mórbidas, determinados distúrbios agudos caracterizados por incapacidade física relativa, ocorrência isolada ou esporádica.
Alunos cujas condições de saúde impeça, temporariamente, a freqüência às aulas e encontrando-se em condições de aprendizagem e as grávidas a partir do 8º mes, serão atribuídos, exercícios domiciliares com acompanhamento da Escola.
O professor que atua na educação especial é o responsável pela ação educacional e tem o apoio eventual de profissionais especializados, contratados pelo Estado em outras instituições como o CRAS ou o Conselho Tutelar: psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, intérpretes, monitores, etc., sem transferir a eles sua responsabilidade.
Não há na nossa escola (nem em nossa cidade) nenhuma sala para alunos cegos, surdos e/ou mudos.
11.4.b - EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)
O EJA é um projeto destinado a educação de jovens e adultos - EJA – para pessoas que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria e desejam retomar ao ensino fundamental ou médio, numa estratégia diferenciada.
A matrícula é opção do candidato com idade mínima de 15 e 18 anos, respectivamente, nos ensinos fundamental e médio. A idade mínima para conclusão, através de exames de massa, é de 15 e 18 anos, respectivamente, para os ensinos fundamental e médio.
O projeto é oferecido de forma presencial. O aluno cursa a 5ª no 1º semestre e a 6ª série no 2º semestre. A 7ª no 1º semestre do ano subseqüente e a 8ª no 2º semestre, concluindo em 2 anos e passando para o ensino médio que é feito o 1º, 2º e 3º ano em 2 anos, organizado com uma carga horária total de 1600 horas, sendo 800 horas destinadas aos conteúdos do primeiro ano e as 800 horas restantes dividas igualmente para os conteúdos do segundo e terceiro anos.
É assegurada sua gratuidade e estimulado o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si. Têm seu funcionamento regulado por normas específicas e são oferecidos para atendimento especial de demanda significativa, de recursos humanos e espaço físico disponíveis, após a aprovação da secretaria.
Sua prioridade é a luta pela erradicação do analfabetismo, considerando-se a alfabetização de jovens e adultos como ponto de partida e intrínseca desse nível de ensino. A alfabetização dessa população é entendida no sentido de domínio básico da cultura letrada, das operações matemáticas elementares, da evolução histórica da sociedade humana, da diversidade do espaço físico e político mundial da constituição brasileira. Envolve, ainda, a formação do cidadão responsável e consciente de seus direitos.
É oferecido um conjunto de processos de aprendizagens, formais e não formais, graças aos quais as pessoas desenvolvem suas capacidades, enriquecem seus conhecimentos e melhoram suas competências ou as reorientam, a fim de atender suas próprias necessidades e as da sociedade. O ambiente é estimulador e oferece sempre uma educação multicultural, que desenvolve o conhecimento e a integração na diversidade cultural, uma educação para a compreensão mútua, contra a exclusão por motivos de raça, sexo, cultura ou outras formas de discriminação. Pude concluir que toda a teoria sobre a EJA é um plano meio utópico.

11.5 - INDISCIPLINA
Como em toda escola o problema de indisciplina é generalizado e prejudica muito o rendimento escolar. A indisciplina transgride regras morais e éticas, construídas com base no princípio do bem comum e também convenções como o uso do celular, a conversa paralela. Ela varia de professor pra professos e não existe solução fácil, mas é preciso trabalhar as questões relacionadas à moral e ao convívio social e criar um ambiente de cooperação.
Moralidade e convenção mistura-se no regimento escolar, que traz as normas para manter o bom funcionamento da escola e o clima necessário à aprendizagem. A situação piora porque as convenções se baseiam em permissões, proibições e castigos sem negociação. Se isso funcionasse, a escola estaria em paz. A escola tem uma concepção equivocada sobre as causas da indisciplina e as formas de lidar com ela. As vezes ha falta de autodisciplina do aluno, noutras vezes prevalece a desobediência como desafio e o professor é desrespeitada como autoridade e como pessoa. É uma questão moral independente do fato de eu ser ou não professor. Esse desrespeito não se justifica, mas quando a aula é chata ou mal preparada a indisciplina é um sinal de repúdio do aluno.
As estratégias usadas por grande parte dos professores para lidar com a indisciplina muitas vezes é desastrosa. Alguns professores defendem medidas mais duras em relação ao comportamento dos alunos como expulsão policiamento. Se este tipo de repreensão funcionasse, a indisciplina não seria o aspecto mais difícil lidar em sala de aula. Até os alunos acreditam que o problema vem crescendo. As intervenções são pontuais e imediatistas e o resultado é uma piora as relações entre alunos e professores.
A disciplina é um tipo de controle do aluno, mas este não se comporta bem nem em sua própria casa e a educação que estabelecia parâmetros rígidos não funciona mais. Alguns comportamentos considerados por indisciplina por alguns professores, para outros, é excesso de vitalidade. A indisciplina é um sintoma da incapacidade de gerir e administrar novas formas de existência social que surge em decorrência das transformações de seu perfil.
Pude observar durante o período de estagio que o objetivo da escola não é punir e manipular, mas analisar o comportamento e argumentar as causas sociais que diversas que fazem acontecer a indisciplina, numa sociedade que está em constante desenvolvimento e cada dia exige novas habilidades.
Os professores reclamam das brincadeiras violentas, agressões, humilhação, ausência de limites e punem os alunos de alguma forma ou ajudam a resolver conflitos, coletiva ou individualmente. Existe uma percepção de que os alunos estão cada vez mais desrespeitosos e o professor não pode abrir mão de seu papel de autoridade: Os alunos precisam dessa referência de autoridade, de proteção, de confiança. O caminho é a formação ética no convívio diário dentro da escola. A criação de regulação social é mais eficiente que a criação de leis passando a impressão de que a própria sociedade é capaz de administrar essas atitudes. A formação ética, em vez da simples normatização, discute as relações com outras pessoas, as responsabilidades de cada um e os princípios e valores que dão sentido à vida elegendo seus próprios princípios: liberdade, respeito, igualdade, justiça, dignidade e defendendo-os com unhas e dentes. Ética se aprende, não é uma coisa espontânea e criar cidadãos éticos é uma responsabilidade de toda a sociedade e todas as suas instituições. A família então desempenha uma função muito importante, mas não adianta falar das belas virtudes da justiça e da generosidade e ter um ambiente de desrespeito e indiferença. Por outro lado, se os contatos forem expressão de uma sociedade digna e solidária, faz sentido discutir justiça e igualdade.

11.6 - QUALIDADE DOS PAPEIS DESEMPENHADOS NA ESCOLA
A qualidade dos papéis desempenhados na escola, o processo de socialização com seus pares, as relações humanas entre o corpo dirigente, docente, técnico e administrativo incentivada e avaliada. O trabalho em equipe otimiza a busca de resultados comuns: saber ouvir e discordar de forma respeitosa de algumas idéias, acatar a decisão da maioria e participar das atividades e ações coletivas ajuda a manter um bom relacionamento e interação com os colegas, contribuindo para o estabelecimento de um clima agradável de trabalho. O lema é tratar com ética e respeito alunos, pais, professores, colegas de trabalho, dirigentes da escola.
Observa-se e valoriza-se aqui qualidade do trabalho de todos (exatidão, correção), produtividade e iniciativa a fim de obter um comportamento proativo, eficiente e eficaz. A presteza na solução de problemas e situações imprevistas, apresentação de propostas e ações que visem a melhoria da escola são muito bem vindas, além da demonstração interesse, disponibilidade, agilidade e busca de conhecimentos para sucesso da prática profissional.
A observação da assiduidade, pontualidade, permanência, concentração nas atividades e administração do tempo dentro do prazo estabelecido e o zelo pelos equipamentos e instalações, cuidando pela sua conservação e uso adequado dão a perfeita noção do interesse pelo bem comum.
Nota-se a melhor utilização dos recursos disponíveis, visando à melhoria dos fluxos dos processos de trabalho e a consecução de resultados eficientes, incorporando e usando as tecnologias disponíveis para aprimorar, racionalizar e agilizar a prática educativa.

Estagiária____________________________________________________________

Supervisor do estágio____________________________________________________

Coordenador pedagógico __________________________________________________







12- RELATORIO DE PARTICIPAÇÃO
No primeiro dia me apresentei como estagiária ao diretor solicitei 4 meses de férias prêmio para me dedicar inteiramente ao trabalho. Apresentei as atividades que deveria desenvolver. A escola se apresentou com grande boa-vontade em colaborar na execução das tarefas. Ainda no mesmo dia iniciei um levantamento prévio da escola. Posteriormente, no turno noturno, me apresentei aos alunos e a professora regente com quem iria trabalhar: Carmen Regina Rodrigues. Os alunos já tinham estudado comigo assim como a professora deles. Percebi que os alunos estão cientes de que podem melhorar seu desempenho com pequenas atitudes do dia-a-dia, como conservar carteiras e paredes limpas, não deixar torneiras abertas, organizar melhor o material didático, conservar a limpeza da escola e usar de maneira correta o banheiro, jogar o lixo nas lixeiras das salas e corredores, ter atitudes comedidas para não quebrar a vidraças, usar de maneira correta o ventilador, pela utilidade que ele representa nos dias quente, etc.
Para que pudesse dedicar mais ao estágio entrei em férias prêmio durante 3 meses:Março, abril e Maio e pude ver a escola somente como estagiária.
Observar cada particularidade do prédio, cada recurso, enumerar pessoas que são do meu convívio diário me fez ter a sensação de uma transformação, de uma participar maior. Os obstáculos enfrentados e o cansaço valorizaram ainda mais minha atuação.
Observei uma comunidade escolar envolvida no processo de conservação e cuidados com o ambiente escolar. Um trabalho pedagógico realizado com interdisciplinaridade, diálogos, desafios, e intencionalidades variadas, que permite aos alunos fazer suas colocações, trazer sua realidade para a escola, contribuindo para que a aprendizagem acontecesse de maneira prazerosa. A aprendizagem acontecendo de forma contínua, no ritmo individual de cada um, com compreensão e respeito. Alunos demonstrando interesse e com expressão de alegria durante as aulas. Vi esforço, boa vontade e respeito em toda escola.
Percebi uma grande preocupação em valorizar o aluno, incentivando o exercício da cidadania, criando um ser crítico, autônomo e reflexivo. Pessoal administrativo, docente e discente criando espaço de convivência fraterna e ética, num clima de solidariedade e diálogo fundamental para a formação do caráter.
Não foram realizados seminários, palestras, comemorações cívicas ou festas. Nem as coroações religiosas que a escola sempre apresentou, desfile cívico no dia da cidade, enfim nada. Talvez pelo fato do diretor ter perdido na votação em que tentava a reeleição para seu 4º mandato. Esta idéia o manteve ocupado antes do processo eletivo, e desiludido depois.
Observei, com tristeza que este ano não foram realizadas nenhum evento realizado em datas comemorativas, nada de festa junina, coroações, seminários, recitais de poesias, projetos pedagógicos, nem desfile cívico em comemoração ao dia da cidade que acontece em 22/06. Talvez porque fosse ano de eleição de diretor, e o atual estar concorrendo a uma nova reeleição, estes eventos foram evitados. Até as brincadeiras na sala dos professores foram um pouco tolhidas, para evitar qualquer tipo de reação que pudesse agravar o diretor que se mostrou tenso cansado.
Me envolvi com as atividades próprias da vida da escola, no processo ensino-aprendizagem, participei do planejamento escolar realizado em 10/03/2011 e 11/03/2011, completando a semana de feriado do carnaval, analisei o trabalho em sala de aula, acompanhei o trabalho do supervisor pedagógico, troquei informações com os professores nas reuniões de módulo, participei de reuniões pedagógicas e administrativas, conselhos de classe. Atuei como secretária na eleição do diretor escolar, planejei aulas e que apliquei com grande desenvoltura. Dia 10 de junho houve paralisação reivindicando melhorias profissionais.
Tudo isso fez do estágio um momento enriquecedor.

Estagiária____________________________________________________________

Supervisor do estágio____________________________________________________

Coordenador pedagógico __________________________________________________







13 - CONTROLE DE FREQUÊNCIA DO ESTAGIÁRIO
Nome do estagiário: Maria Ângela Afonso Pereira
Local do estágio : Escola Estadual ”Dr. Adalmário José dos Santos”
Turno: noturno Série : 2º, 3º e EJA-2º grau Turma:“04”,”05”,“03”e única
Supervisora: Priscila Figueiredo Data-junho/2011 Total H/A

Data Atividades desenvolvidas Nºhrs Rubrica
21/02/2011 Acolhimento
Levantamento prévio da escola
Planejamento do estágio 1:00
3:00
4:00
24/02/2011 Reunião de módulo: alunos com dependência.
Apresentação aos alunos e a professora regente e observação da regência. 2:00

4:00
25/02/2011 Levantamento de recursos materiais e humanos 6:00
28/02/2011 Planejamento de aula
Regência 2:00
4:00
03/03/2011 Distribuição dos PCNs
Levantamento de recursos materiais e humanos 2:00

3:00
04/03/2011 Observação dos trabalhos na secretaria 4:00
10/03/2011 Reunião de planejamento anual 8:00
11/03/2011 Reunião de planejamento anual 8:00
14/03/2011 Planejamento de aula
Regência 2:00
4:00
17/03/2011 Reunião de módulo: entrega do diário escolar
Observação do trabalho pessoal secretaria 2:00
4:00
18/03/2011 Contato com o serviço de supervisão 4:00
21/03/2011 Planejamento de aula
Regência 2:00
4:00
24/03/2011 Reunião: elaboração do calendário de provas
Observação aspecto pedagógico escolar 2:00
4:00
25/03/2011 Análise do regimento escolar 4:00
28/03/2011 Planejamento de aula
Regência 2:00
4:00
31/03/2011 Análise do PCN 4:00
01/04/2011 Análise do PCN 4:00
04/04/2011 Planejamento de aula
Regência 2:00
4:00
07/04/2011 Reunião de módulo: participação na paralisação dos professores.
Observação e análise do PPP e PDE 2:00

4:00
08/04/2011 Observação e análise do PPP e PDE 4:00
11/04/2011 Planejamento de aula
Regência 2:00
4:00
12/04/2011 Análise e participação de atividades próprias da vida da escola 4:00
14/04/2011 Reunião administrativa – criação de chapas para concorrer a eleição de diretor. 4:00
15/04/2011 Análise e participação de atividades próprias da vida da escola 4:00
18/04/2011 Planejamento de aula
Regência 2:00
4:00
25/04/2011 Planejamento de aula
Regência 2:00
4:00
28/04/2011 Reunião modulo; comemoração do aniversário da inspetora escolar
Análise e participação de atividades próprias da vida da escola 2:00

4:00
29/04/2011 Contato com administração escolar
Análise de atividades próprias da vida da escola 2:00
4:00
02/05/2011 Planejamento de aula
Regência 2:00
4:00
04/05/2011 Análise e participação de atividades próprias da vida da escola 4:00
05/05/2011 Inicio da organização do relatório do estágio 4:00
06/05/2011 Composição do relatório de estágio 4:00
09/05/2011 Planejamento de aula
Regência
Conselho de classe 2:00
4:00
3:00
10/05/2011 Análise e participação de atividades próprias da vida da escola 4:00
12/05/2011 Conselho de classe 4:00
13/05/2011 Conselho de classe 4:00
16/05/2011 Planejamento de aula
Regência 2:00
4:00
19/05/2011 Contato com o serviço de supervisão
Composição do relatório de estágio 2:00
5:00
20/05/2011 Análise de atividades próprias da vida da escola 4:00
24/05/2011 Análise e participação de atividades próprias da vida da escola 4:00
23/05/2011 Planejamento de aula
Regência 2:00
4:00
24/05/2011 Análise e participação de atividades próprias da vida da escola 4:00
26/05/2011 Análise da legislação escolar
Composição do relatório de estágio 2:00
4:00
27/05/2011 Composição do relatório
Análise da legislação escolar 4:00
2:00
30/05/2011 Planejamento de aula
Regência 2:00
4:00
02/06/2011 Montagem do relatório das atividades observadas e desenvolvidas durante o estágio
Análise da legislação escolar 4:00

2:00
03/06/2011 Análise de atividades próprias da vida da escola
Composição do relatório de estágio 4:00
3:00
05/06/2011 Participação na eleição de diretor 9:00
06/06/2011 Planejamento de aula
Regência 2:00
4:00
09/06/2011 Reunião administrativa: cobrar diários do 1º bimestre, pontualidade e compromisso dos professores e funcionários. 4:00
13/06/2011 Montagem do relatório de atividades
Análise da legislação escolar 4:00
2:00
16/06/2011 Reunião módulo escolha do livro didático para o próximo ano. 4:00
17/06/2011 Montagem do relatório final 4:00
20/06/2011 Montagem do relatório final 4:00
22/06/2011 Montagem do relatório final 4:00
23/06/2011 Montagem do relatório final 4:00
24/06/2011 Revisão do relatório de estágio 2:00
27/06/2011 Conclusão do relatório de estágio 1:30
29/06/2011 Despacho pelo correio e internet da conclusão do relatório 0:30
TOTAL DE HORAS 300

TOTAL DE HORAS DO ESTÁGIO – 300 horas
Diretor da instituição__________________________________________

Supervisor do estágio__________________________________________










14 - AUTO AVALIAÇÃO DO ESTAGIO SUPERVISIONADO

Durante todo o período do estágio (observação/gestão e regência) pude observar a construção de uma sensação motivadora. Estando afastada por férias prêmio, tive um novo olhar que mira a inovação na minha profissão já em vias de acabar, depois de 32 anos.
Enfim, o estágio me mostrou uma nova comunidade escolar. Acabou por contribuir para um aprendizado, um crescimento profissional e pessoal de grande importância, fazendo brotar um desejo de participar ainda mais desta nova escola. Me sinto com o dever cumprido e um desejo enorme de mudança.
Como tirei férias prêmio do meu cargo de professora para dedicar só ao estágio, pude desenvolve-lo com mais entusiasmo, com a intenção de inovar e ultrapassar minha própria expectativa. O entrosamento com os alunos, professores e funcionários foi perfeito e a resposta veio em simpatia, comunicação, elogios, aceitação.
Sendo professora do conteúdo que busco habilitação e estando na regência há 32 anos já apresentava domínio sobre o assunto, experiência, iniciativa, domínio de turma e confiança, mas o desejo de aperfeiçoar cada vez mais tornou-se mais evidente: tinha vontade de ficar só na escola o tempo todo, o que fez com que não tivesse problema com pontualidade. A escolha dos assuntos estava dentro da realidade dos alunos e foi feita pela professora regente e segue uma linha pensamento interessante: cada novo assunto se apresenta como conseqüência do ultimo. As técnicas usadas foram adequadas e tornaram as aulas foram bastante participativas e agradáveis culminando as vezes com salva de palmas e despedidas emocionantes. Cheguei a conclusão de que eu os conquistava e eles me conquistavam. Busquei a cada momento ser mais que educadora que professora, mas sem dúvida alguma o meu aprendizado foi imenso. Outro orgulho foi a sensação de vitoria advinda com o cumprimento de todas as atividades, alcançando assim objetivos pessoais e profissionais.
Foi uma experiência inesquecível e muito gratificante para mim!
Estagiária ___________________________________________________________________




15 - AVALIAÇÃO DO ESTAGIÁRIO
Aspectos a considerar Insufic Regul Bom Excel
Coordenação da escola
1 CARACTERÍSTICAS PESSOAIS
1.1 Responsabilidade X
1.2 Pontualidade X
1.3 Conhecimento do assunto X
1.4 Entusiasmo pelo trabalho X
1.5 Desejo de aperfeiçoar-se X
1.6 Capacidade de comunicação X
1.7 Uso de linguagem apropriada X
1.8 Aquiescência em aceitar sugestões X
1.9 Iniciativa X
1.10 Cordialidade no trato com o pessoal X
1.11 Confiança em si mesmo X
2 REGIME DE TRABALHO
2.1 Precisão e ordem no trabalho em sala de aula X
2.2 Trabalho sistematizado X
2.3 Plano de ação (planejamento das aulas) X
2.4 Adaptação do trabalho a realidade desejada X
2.5 Uso de adequadas técnicas de trabalho X
2.6 Eficiência na resolução de problemas X
2.7 Cumprimento de normas X
2.8 Interesse pelo conhecimento dos assuntos da instituição X
Considero o trabalho do estagiário

Diretor da escola_________________________________________________

Supervisor do estágio_____________________________________________

Coordenador pedagógico ___________________________________________

16 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Fiz questão de me afastar da regência para ter, durante este período, uma visão de estagiária aplicando a teoria na prática. Não era suficiente pra mim somente realizar as atividades sugeridas e cumprir todas as propostas. Era necessário ir para a escola com o objetivo de ter um outro olhar da escola, da disciplina, dos alunos. Um olhar novo, motivador e transformador. Queria criar uma nova prática pedagógica, completamente renovada pelo aprendizado do curso que estava concluindo. Precisava desenvolver ações que pudessem intervir de forma significativa na minha atuação como profissional e no processo de ensino – aprendizagem, buscando uma ação pedagógica que trouxesse contribuições para o atingimento dos objetivos que estabeleci.
Todas as ações realizas em sala de aula, tiveram a finalidade de auxiliar o processo de ensino e de aprendizagem, por uma educação de qualidade, porque acredito que o trabalho que promove mudanças, não só é resultado de aprendizagens pessoais, aquisição de conhecimentos, como também é vontade de querer uma ação nova, de vivenciar experiências enriquecedoras, experimentar o novo para assimilar a experiência já adquirida na minha atuação profissional.

Estagiária _____________________________________________________________

Supervisor do estágio____________________________________________________

Coordenador pedagógico __________________________________________________



17 - CONCLUSÃO

Concluí que o estágio contribuiu imensamente para uma transformação profissional: Uma nova visão acerca dos objetivos que orientam as ações no contexto escolar, sobre os meios para realizá-los, os caminhos e procedimentos a seguir, os saberes de referência de uma ação pedagógica significativa. O estágio foi então uma atividade de transformação, de conhecimento, fundamentação, diálogo e intervenção na realidade.
Sendo verdadeira a afirmação: “Se a família vai mal, a sociedade vai mal”, também é verdadeiro que é no contexto da sala de aula, da escola, do sistema de ensino que se vê o retrato da sociedade. Assim, o estágio contribui caracterizando-se como objeto de estudo e reflexão, procurando entender a realidade da comunidade escolar, oferecendo sobre ela uma nova leitura, procurando meios para intervir positivamente. O campo de ação se torna objeto de estudo, de investigação, de análise e de interpretação crítica, oferecendo novos paradigmas, buscando inserir um futuro inovador.
A cada dia um momento diferente, acontecimentos envolventes resultando a necessidade em assumir uma postura não só crítica, mas também reflexiva da importância política da educação em busca de uma sociedade melhor, de uma educação de qualidade. A função social do conhecimento se identifica com a prática social global, com a atuação adequada dos professores para conscientização de um aluno atuante, autônomo, competente, político, comprometido com a ação popular e uma atitude racional diante da realidade dos problemas sociais.
Analisando o estágio como um todo não foi difícil realizá-lo: tinha tempo disponível por estar de férias prêmio, os alunos do turno noturno são pessoas adultas, portanto, demonstram mais interesse em relação as aulas, o que ajudou muito o desenvolvimento do trabalho em sala de aula. A prática pedagógica foi direcionada para uma ação sustentada em fundamentos que englobam uma linha sociológica de aprendizagem. Este o resultado de uma análise crítica do trabalho executado, e de sua validade como contribuição para minha transformação profissional.
Estagiária _________________________________________________________

Supervisor do estágio________________________________________________

Coordenador pedagógico _____________________________________________

18 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• ANDRÉ, M. (Org.) Pedagogia das Diferenças na Sala de Aula. Campinas: Papirus, 1999.
• BRASIL, Ministério da Educação. “Parâmetros curriculares nacionais parâmetros curriculares nacionais” Disponível em: http://portal.mec.gov.br ultimo acesso em: 15 jun. 2011.
• CANDAU, Maria Vera Rumo à nova didática – Editora Vozes – Petrópolis, RJ.1999.
• CASTRO, A. H. O professor e o mundo contemporâneo. Jornal O Diário Barretos, opinião aberta, 08 jul 2004.
• DOWBOR, L. A reprodução Social. São Paulo: Vozes, 1998.
• GADOTTI, M. Perspectivas atuais da educação. Porto Alegre: Ed. Artes Médicas, 2000.
• LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 4. ed. São Paulo: Cortez, 1996.
• MARTINS, Jorge S. Projetos de Pesquisa - Estratégias e Aprendizagem em sala de aula- Editora Vozes Petrópolis, RJ – 2005.
• MEUCCI, S. Os primeiros manuais didáticos de sociologia no Brasil. Revista Estudos de Sociologia. Araraquara/SP: UNESP. n.10, s/d., pp. 121 a 158.
• MIGUEL, M.E.B. A formação do professor e a organização social do trabalho, Curitiba: Ed. da UFPR, 1997.
• MINAS GERAIS, Secretaria da Educação do Estado de Minas Gerais “Programa de Educação do ensino médio”. Disponível em https://www.educacao.mg.gov.br/ ultimo acesso em 15/jun.2011.
• MONARCHA, C. As três fontes da pedagogia científica: a psicologia, a sociologia e a biologia. Didática, vol. 28, pp. 41-49. Marília, SP, 1992.
• NÉRICI, Imídeo Giuseppe. Metodologia do Ensino: uma introdução. São Paulo: Atlas, 1981
• PERRENOUD, Ph., THURLER, M. G. et al. As competências para ensinar no séc. XXI; a formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre: Artmed, 2002.
• PILETTI, Claudino. Didática Geral, Editora Ática, São Paulo, 2008
• PILETTI, Nelson. Didática especial, Editora Ática, São Paulo, 1998
• ROMÃO, J. E. Avaliação dialógica: desafios e perspectivas. São Paulo: Cortez, 1998.
• SANT'ANNA, Ilza Martins. Por que avaliar? Como Avaliar? critérios e instrumentos. Petrópolis : Vozes, 1995.
• TOMAZI, Nelson Dacio (Coord.). Iniciação a Sociologia. São Paulo: Atual, 1993.

19 – ANEXOS

19.1- IMAGENS DA ESCOLA
19.2 – PLANOS DE AULA




























PLANOS DE AULA – Nº01
PLANO DE AULA DE SOCIOLOGIA - ENSINO MÉDIO

CONTEÚDO - CASAMENTO, RELAÇÃO BANALIZADA
OBJETIVO
Esclarecer sobre o contexto do casamento na vida moderna
METODOLOGIA
Propor um debate sobre o casamento, elaborando um roteiro de questões para explorar itens como a idade dos cônjuges, as razões que levaram à união, as condições socioeconômicas dos pares e os motivos que os conduzem à separação.
Discutir as conclusões e encomendar uma dissertação sobre o tema, com base nos contextos da vida urbana moderna.
INTRODUÇÃO
Na história mitológica de Tristão e Isolda, os protagonistas se apaixonam perdidamente um pelo outro após beber um filtro do amor preparado pela mãe da jovem. Seria apenas um caso de amor se o príncipe Tristão não estivesse escoltando a princesa Isolda a Cornualha, onde iria se casar com o rei Marcos. O que contribuiu para o trágico enredo se tornar conhecido foi o envolvimento dos jovens nobres quebrando as regras dos casamentos de então, mais ligadas a poder e conveniência do que a amor e prazer. Outras rupturas das normas ganharam notoriedade na dissolução dos vínculos conjugais, como o caso de Henrique VIII, que criou a Igreja Anglicana para poder casar-se com Ana Bolena, em segundas núpcias.
Hoje, os casais têm liberdade bem maior para escolher os parceiros. Muitos, no entanto, trocam alianças e depois tomam rumos diversos por motivos banais, frutos das pequenas tiranias cotidianas.
A história do casamento foi instituída por elementos de ordem social e cultural. A partir de seu entendimento podemos compreender o casamento no contexto da vida moderna. Ele é, fundamentalmente, uma invenção da era cristã. Por volta do século IV, o cristianismo foi declarado religião oficial em inúmeras áreas da Europa. A medida converteu culturas pagãs que praticavam a poligamia. Porém, a doutrina do casamento deparou também com tradições que previam uniões consanguíneas e de afinidade (muitas vezes de ordem política). O amor e o sentimento eram alheios a essa ordem. Aos olhos dos eclesiásticos, a libido feminina era considerada perigosa e deveria ser reprimida duramente. As mudança começaram a surgir por volta do ano 1.000, com a proibição do incesto e a permissão de matrimônios apenas a partir do quarto grau de parentesco. Isso favoreceu a formação da família nuclear, de tipo conjugal. A extrema diversidade cultural revelou uma variedade nos rituais e nas regras para o matrimônio e também no modo de organização social. Entre povos indígenas no Brasil, por exemplo, é comum a mobilização de todo o grupo para a cerimônia de enlace de um casal. O concubinato se manteve em muitas sociedades como a escravista colonial brasileira.
Após a II Guerra, verificou-se uma forte mudança nos costumes sociais, que resultaram, entre outras coisas, na instituição dos regimes de separação legal. No Brasil, o desquite, estabelecido no Código Civil de 1916, deu lugar ao divórcio em 1977. Antes, porém, ecoou a liberação sexual pregada por movimentos jovens na década de 1960. A inserção crescente da mulher no mercado de trabalho e sua maior independência em relação a figura do pai e do marido também contribuíram para as transformações. Acrescenta-se a isso a constituição de um modo de vida urbano em que as pessoas passaram a ter mais acesso a informações e inovações, caso dos métodos anticoncepcionais.
Os fatores geradores das mudanças não pararam aí. As relações sociais foram afetadas ainda pelo estabelecimento de um modelo de consumo que estimula o desejo insaciável por novos bens. De alguma forma, esses valores invadem as relações pessoais, reforçando o individualismo e mitos em torno do homem e da mulher ideais, amplamente abordados na mídia. Prova disso são os casamentos-relâmpago de celebridades, que trocam de par a cada pequena desavença, geralmente desencadeada por motivos fúteis. Essa verdadeira indústria da felicidade instantânea, própria dos mais abonados, desaba no momento em que os pombinhos se confrontam com o desafio cotidiano de construir uma vida a dois.
ATIVIDADES
Quais os principais motivos que levam os cônjuges a separar?
Por que mudou a visão sobre a doutrina do casamento monogâmico?
Quais fatores estão por trás da insatisfação constante de muitos casais?

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PLANO DE AULA DE SOCIOLOGIA - ENSINO MÉDIO – Nº02

CONTEÚDO - BONS COSTUMES
OBJETIVOS - Revelar que as normas de etiqueta mudam e se adequam ao tempo.
METODOLOGIA – mesa redonda para debate
INTRODUÇÃO
Dúvidas afligem a humanidade no mundo contemporâneo: com que roupa ir a uma festa ou como se comportar em um casamento são problemas que preocupam os adultos e jovens que estão iniciando a vida social.
ATIVIDADES
A etiqueta não é uma invenção do mundo moderno. O conjunto de regras que pauta o comportamento de indivíduos de uma sociedade surgiu na França na época do Antigo Regime. O objetivo era tornar clara a separação entre os nobres e os burgueses que estavam em ascensão econômica naquele momento. Em Portugal e na Espanha, entre os séculos XV e XVIII, as leis estabeleciam até mesmo o modo de tratamento a que cada pessoa tinha direito. Em alguns países da Europa, chegava-se a regular quais roupas, enfeites ou comidas cabiam a cada classe da sociedade. Em 1533, uma lei inglesa reservava à família real a cor púrpura nas roupas e tecidos urdidos com fios de ouro, mas permitia que os cavaleiros da Ordem conservassem seu manto cerimonial de cor semelhante. Esse extremo cuidado com as aparências pode parecer estranho, mas durante muito tempo esses símbolos foram associados ao poder e a uma forma de diferenciação entre os diversos grupos sociais.
O que pode ser considerado certo ou errado no comportamento social dos jovens?
•Qual a roupa certa para uma festa de aniversário de 15 anos com baile de debutantes?
•Você é chamado para jantar em um restaurante sofisticado. Como deve se portar à mesa? Quais talheres usar para comer peixe?
•Você pode telefonar para alguém de madrugada, sabendo que essa pessoa mora com a família?
•Você pode atender ao telefone celular na sala de cinema, mesmo falando baixinho?
A discussão pode avançar até para a etiqueta utilizada na internet, a chamada "netiqueta": conjunto de recomendações para evitar mal-entendidos em e-mails, chats e fóruns de discussão, entre outras formas de comunicação na web. Serve, também, para estabelecer condutas em situações específicas como, por exemplo: casos de flagrante desrespeito.
FILME - Carlota Joaquina - Princesa do Brasil, de 1995. O filme narra a morte do rei de Portugal, dom José I, em 1777, e a declaração de insanidade de dona Maria I, fatos que levam o filho D.João e sua mulher, a espanhola Carlota Joaquina, ao trono português. Em 1807, para escapar das tropas napoleônicas, vieram às pressas para o Rio de Janeiro, e a família real vive seu exílio de 13 anos. Mostra o cotidiano e a etiqueta da corte portuguesa no século XIX.
Após a exibição de trechos desses filmes, peça aos jovens que discutam o que viram. Por que, mesmo entre os membros da elite, as regras de etiqueta mudaram e por que isso teria ocorrido?

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PLANO DE AULA DE SOCIOLOGIA - ENSINO MÉDIO - Nº03

CONTEÚDO - A MULHER BRASILEIRA
OBJETIVO –
Examinar as mudanças de comportamento e de expectativas da mulher brasileira

METODOLOGIA
-Tirar uma radiografia ainda mais nítida das figuras femininas contemporâneas além da imagem refletida no espelho: identificar as múltiplas faces daquele que já foi chamado de sexo frágil. A mulher com 35 anos com sucesso profissional sonha com que? E na mesma idade, a mulher operária sonha com o que?
-Fazer um pequeno levantamento de alguns traços do universo feminino ao seu redor: escrever a idade e a ocupação das mães, irmãs, tias e primas. Reunir e organizar os resultados para a discussão final. Faça cópias dos gráficos e das ilustrações destas páginas e distribua para a turma.

INTRODUÇÃO
Elas trabalham fora e ao mesmo tempo comandam a família, prezam pela ascensão na carreira, mas também querem estar sempre perto dos filhos. Por fim – mas não menos importante –, sonham em ser belas. Esse é, em resumo, o retrato de uma parcela considerável das mulheres brasileiras. Tal perfil é baseado na pesquisa do Ibope. De norte a sul do país, nossas campeãs mundiais de vaidade declaram como se vêem diante do espelho, contam o que mais querem na vida, listam aspirações para os próximos dez anos e revelam o que gostariam de melhorar no próprio corpo.
Examine o gráfico abaixo, com o percentual de lares sob a responsabilidade das mulheres no Brasil, lembrando que a distribuição regional dos domicílios reflete a distribuição geográfica da população, com um peso mais significativo no Sudeste. No caso do Nordeste, deve-se levar em conta, além das recentes mudanças de âmbito cultural, a intensidade da migração masculina ocorrida nas últimas décadas. Nas capitais de todo o país a proporção de mulheres que sustentam a casa é bem mais elevada que a média nacional, variando de 23,4% em Palmas até 38,2% em Porto Alegre. Na capital gaúcha se apresenta um dos mais altos índices de expectativa de vida feminina – em torno de 74 anos. Isso pode ser considerado uma das principais explicações para o alto percentual nacional.

Houve um aumento do grau de escolarização das mulheres brasileiras. Essa taxa é um indicador importante não apenas da nossa situação educacional, mas também das condições sociais do país. Os percentuais da Região Sul se destacam pela maior proporção de mulheres alfabetizadas (92,4%), contra 77,7% das residentes no Nordeste. Ao analisar as proporções de alfabetizados segundo idade e sexo, os dados mostram com clareza que elas são, significativamente, maiores para as mulheres de até 40 anos.

A partir dessa faixa etária, os homens tomam a dianteira em todas as regiões. Uma provável explicação para tal fato, de acordo com o IBGE, é que num passado recente – até os anos 60 – eles ainda tinham mais acesso à escola do que elas. No Sul e no Sudeste, por sinal, esse fenômeno é mais evidente, dada a expectativa de vida feminina. Será que nessas regiões a tendência é de que viva um maior número de idosas com escolaridade baixa? A resposta é sim.

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PLANO DE AULA DE SOCIOLOGIA - ENSINO MÉDIO – nº04

CONTEÚDO – SOCIOPATA
OBJETIVOS - Revelar a presença e os riscos da sociopatia;
-Discutir quem são as vítimas;
METODOLOGIA
Identificar o perigo que corremos com esta convivência.
INTRODUÇÃO
A sociopatia tem um componente genético É um transtorno de personalidade A pessoa nasce assim e o ambiente colabora mais ou menos. O sociopata tem aversão a sociedade.
É uma pessoa que não se enquadra nos padrões sociais, não tem idéias de obrigações sociais nem de bem comum. Tudo que faz tem a função de satisfazer seus desejos: poder, status e prazer a qualquer custo. Ele estando bem o resto do mundo não lhe interessa. Super dimensionam suas prerrogativas, possibilidades e imunidades; "esta vez não vão me pegar", é sua crença. Toda lei ou norma, gera temor e inibição, implicam na possibilidade de castigo, pois foi feita para condicionar as condutas instintivas dos indivíduos. Ele não apenas as transgride, mas as ignora, considera-as obstáculo que devem ser superados na conquista de suas ambições. A norma não desperta nele a mesma inibição que produz na maioria das pessoas. Isto explica o ato de torturar ou matar quando se trata de um delito sexual, sádico ou de simples atrocidade.
São predadores da sua própria espécie Não demonstram sintomas de outras doenças mentais. Cerca de 4% da população é sociopata em maior ou menor escala. A maioria não é criminosa e consegue se controlar. Eles tem personalidades odiosas tem problemas de trabalho, violência doméstica, dificuldades conjugais, são facilmente irritáveis, argumentadores, e intimidadores e seu comportamento frequentemente é rude, previsível e arrogante. Há um consenso que os sociopatas violentos não tem tratamento, são considerados insanos São incapazes mudar suas atitudes. Nem com estímulos positivos ou negativos. Nada funciona: castigos, penas, contra-argumentações a ação, apelo moral, nem carinho, recompensas, suavização das penas, apelos afetivos etc. Quando descobertos, dão a falsa impressão de arrependimento, simulam mudança de caráter depois voltar a ter seus padrões comportamentais, mas nunca serão capazes de suprimir sua índole maldosa.
Suas características englobam, principalmente, a falta de consideração com sentimentos dos outros. Tem um egocentrismo exageradamente patológico, emoções superficiais, teatrais e falsas, pouco ou nenhum controle da impulsividade, baixa tolerância para frustração, agressividade, irresponsabilidade, manipulação, falta de empatia, ausência de remorso e de culpa, podendo cometer toda espécie de crimes friamente e enganar até o polígrafo porque seu ritmo cardíaco não altera com a mentira. Mentem exageradamente e sem constrangimento roubam, abusam, trapaceiam, intimidam, constrangem, articulam, manipulam dolosamente seus familiares e amigos, e até violentam para impor sua vontade. Há casos que conseguem se passar por médicos, policiais, advogados, professores sem nunca terem feito faculdade São peritos no disfarce, excelentes autodidatas Colocam em risco a vida dos outros e, decididamente, não se corrigem ou se redimem nunca, pois não tem culpa.
Geralmente são cínicos e incapazes de amar, ter afeto, manter uma relação leal e duradoura. Na vida social são pessoas envolventes, sedutores, convincentes, simpáticos, mas sem afeto. Gostam de se vangloriar pra impressionar a presa a fim de adquirir sua confiança e poder usa-la com mais facilidade, sem se preocupar com o sofrimento ou o dano que podem causar É diferente da pessoa que quer só tirar uma onda pra paquerar Tem considerável presença e boa fluência verbal e uma inteligência normal ou acima da média.
Como qualquer alteração, existe desde a sociopatia leve (chamados de vigarista, 171), até a grave. Esses sempre acabam sendo pegos porque não conseguem controlar a vontade de pegar a presa. O seu prazer é enganar, dar o golpe, se sentir o mais esperto
O psicótico é o que chamamos de louco Tem delírios e alucinações (o FBI me persegue, todos me vigiam- isto é psicose, doença mental) O psicopata é antes de tudo uma forma de existir, é um tipo de personalidade que trás a índole da maldade. Ele age com a razão, ele sabe o que, quando e com quem faz Ele tem a noção de que seus hábitos são anti-sociais. A pessoa não se torna psicopata, ele nasce psicopata. Um psicopata não tem aversão a sociedade, mas transgride as regras e as normas sociais.

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PLANO DE AULA DE SOCIOLOGIA ENSINO MÉDIO – nº 05

AS TRIBOS
CONTEÚDO – Cultura, juventude e antropologia urbana
OBJETIVOS - Analisar a cultura jovem e o conceito de juventude;
Contextualizar ideais de juventude e diferenças culturais nas cidades atuais
Contextualizar social e historicamente o surgimento das tribos teens
Questionar a universalidade das tribos urbanas, mostrando que tais grupos mudam com o passar do tempo.
METODOLOGIA
Estimular os jovens a falar sobre seus pais, os jovens de ontem, para perceber o contraste nos anseios de diferentes gerações (quando tinham a mesma faixa etária): seus ídolos, roupas que usavam, músicas que ouviam, costumes, gírias...
INTRODUÇÂO
A idéia de que existe uma cultura diferente para os jovens, em oposição a adultos e idosos deve ser questionada: este conceito, longe de ser universal, é específico de determinadas culturas e épocas da história. A cultura ocidental, de forma geral, desenvolveu uma categoria de infância e de juventude no século XVIII: as crianças eram tratadas como adultos em miniatura. Isso mostra a importância de reconhecer que categorias como juventude e infância são construídas socialmente, não uma consequência direta de normas biológicas. As idéias e valores a respeito da juventude são mutáveis de acordo com a sociedade e o tempo em que vivemos, desenvolvendo-se constantemente.
A noção do período da “adolescência”, quando os jovens geralmente se rebelam contra os costumes de seus pais e gerações passadas, é tipicamente ocidental: não é observado da mesma maneira em outras regiões. Antropólogos mostram que a naturalidade da rebeldia de jovens não pode ser confirmada, pois percebemos a existência de culturas nas quais o conflito é um grande tabu, não importando a faixa etária. Termos como infância, juventude e adolescência são, assim, criações de determinados contextos sociais e épocas históricas, o que ajuda a entender como vem se desenvolvendo a cultura popular em nossa sociedade.
A idéia de tribo urbana, por exemplo, é comumente usada para descrever grupos de jovens que buscam se diferenciar tendo por base uma referência de grupo. Tal cultura inclui roupas, acessórios, músicas e gírias específicas para cada grupo. Filósofos e antropólogos analisaram o fenômeno, que parece tomar uma importância crescente nos tempos atuais. São tribos contemporâneas (emos, punks, skinheads, rastafaris, hip-hoppers e tantas outras) que geralmente associam-se a referências culturais cada vez mais globalizadas. Tais tribos são crescentemente exploradas pelas grandes empresas ligadas à chamada indústria cultural, que fazem fortunas reproduzindo e vendendo as preferências desses grupos. As indústrias fonográfica e da moda, só para citar duas, movimentam bilhões de reais ao redor do mundo buscando uma identificação com os gostos e preferências desses jovens.
Esse aspecto comercial ajuda a explicar a crescente exposição dessas tribos na grande mídia. Elas não são um fenômeno novo. No fim do século XIX, quando consolidaram-se as cidades industriais na Europa, tais fenômenos se multiplicam ao redor do mundo. A união da rebeldia jovem com o mercado de consumo explodiu após o fim da II Guerra Mundial, quando o rock and roll mostrou que havia uma multidão de pessoas frustradas com um modo de vida que havia levado o planeta a uma destruição sem precedentes na história humana, diante do perigo atômico. Música, moda e comportamento foram alterados e influenciados pelo consumo cultural. Nos anos 1960, ídolos jovens como Beatles e Rolling Stones e a idéia de rebeldia a eles associada criaram de vez um padrão com o qual nos acostumamos até hoje. Ondas sucessivas de novos estilos, que dão origem a bandas, roupas, acessórios e uma série de produtos identificados com a “nova onda”. A mídia também cresce e se sofistica, ligada a esse mercado de consumo cada vez maior representado pelos jovens.
Outros ídolos dos anos 1960, como Roberto Carlos e Erasmo, e gestos de rebeldia, como homens de cabelos longos e mulheres que fumavam surgiram. As drogas para ambos os sexos eram vistas como uma forma de protesto. A rebeldia política também estava em foco com ídolos de esquerda como Che Guevara e cantores como Geraldo Vandré.
O desejo de marcar diferenças e identidades por meio de símbolos, como roupas e gírias, é universal – e não uma exclusividade de jovens rebeldes. A importância da diferença e das maneiras pelas quais ela permeia nossa convivência é a lição maior percebida. As formas pelas quais essas distinções se manifestam são múltiplas. Por isso mesmo, são parte fundamental da vida em sociedade. Compreender essas diferenças e as formas pelas quais as marcamos é uma das atividades centrais para que possamos melhor compreender a sociedade.
Nossas idéias de rebeldia e de juventude mudam. Se antigamente era considerado rebelde usar minissaia ou escutar rock, hoje tais comportamentos são banais. A moda e as gírias mudam bastante também, assim como os valores.

ATIVIDADES -
O que pode ser considerado rebeldia hoje?
Quais as músicas, danças, roupas são sinônimo de rebeldia?
A droga se mantém como característica de protesto ou virou mero vício?
Qual a importância social e cultural que tais diferenças de estilo, eventualmente tidas como frívolas, possuem para as pessoas?
As chamadas tribos e o desejo de diferenciar-se dizem algo sobre a condição humana?


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PLANO DE AULA DE SOCIOLOGIA – ENSINO MÉDIO – nº06

O PODER DA IMAGEM
OBJETIVOS
-Identificar transformações históricas nas formas de percepção do ambiente; entender a importância e a primazia social da imagem em época de globalização
-Identificar a percepção na modernidade: a supremacia social da imagem.
METODOLOGIA
Peça que os alunos imaginem um habitante de uma pequena vila no início do capitalismo e que façam uma lista com possíveis imagens que ele costumava observar em seu cotidiano. Depois, peça que repitam o exercício com um cidadão que vive em uma grande metrópole na atualidade. A quantidade e a qualidade de estímulos visuais a cada um é a mesma?
INTRODUÇÃO
Durante muitos séculos, a tradição cultural valorizava o prestígio social e econômico. Com a difusão da mídia houve um forte abalo nessa tradição cultural. A imagem adquiriu uma importância sem precedentes na vida cotidiana de grande parte da população mundial.
O olhar de alguém que vive nas grandes metrópoles de hoje são mais atentos e ativos, já que são forçados a captar, num tempo cada vez menor, inúmeros estímulos provenientes da realidade social. As transformações aumentam a velocidade e as mudanças explicam porque a percepção tem se modificado no decorrer da história, ao mesmo tempo em que a imagem ganha importância na sociedade. Antes apenas a palavra escrita existia. Com o surgimento de novas técnicas de reprodução da imagem, ela adquiriu novo status. A difusão massiva das imagens fez com que elas deixassem de ficar confinadas, vistas como objeto de culto, para invadirem a vida cotidiana. Adquiriram um novo valor de uso: a proximidade e a exposição.
Como consequência desse fenômeno na vida cultural os jornais passaram a ser ilustrados, as imagens ganharam status de fonte de informação, usadas as vezes, em maior escala que os textos escritos.
A difusão do cinema também contribuiu para alterar a relação das massas com a cultura, criando condições favoráveis para uma recepção positiva das imagens. A imagem vem ganhando força até os dias atuais. Com o aparecimento de diversos produtos destinados à comunicação como computadores, telefones celulares, aparelhos de DVD. Ela passou a ser divulgada em fluxo contínuo, invadindo o universo do trabalho e do entretenimento. Atualmente, a imagem penetra amplamente em todos os momentos de vida humana, fazendo com que o cidadão se torne um receptor constante da comunicação visual. Esse fato altera nossos hábitos e percepções, e indicam uma supremacia da imagem em relação à palavra, colocando novas exigências para quem quer tornar um produto ou uma marca conhecido. Antes a publicidade era verbal e veiculada preferencialmente em jornais, atualmente ela é mais eficaz se for imagética e difundida pelos poderosos meios de transmissão de imagens, como o cinema, a televisão e a internet. Pessoas, eventos e produtos dependem da projeção contínua de sua imagem nos meios de comunicação para 'existir' aos olhos do público. Por meio de uma série de imagens e mensagens, constroi-se uma realidade aceita e difundida aos expectadores.
O filme “Tempos modernos” (Chalim Chapplin) se passa após a crise de 1929, quando a depressão atingiu a sociedade norte-americana, levando a população ao desemprego e à fome. Focaliza a sociedade industrial caracterizada pela produção e especialização do trabalho. É uma crítica à "modernidade" e ao capitalismo representado pela industrialização, onde o operário é engolido pelo poder do capital e perseguido por suas ideias "subversivas". O operário Carlitos se envolve em inúmeras confusões relacionadas ao trabalho e a exploração da mão-de-obra operária. Explora relações de poder, relações culturais e exploração.
ATIVIDADES
É possível afirmar que estamos diante do aparecimento de uma cultura menos verbal ou conceitual e mais imagética?
Pode-se concluir que a imagem passou a rivalizar com a palavra?

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PLANO DE AULA DE SOCIOLOGIA – ENSINO MÉDIO – nº07

UMA LENDA AZUL, ATREVIDA E DESBOTADA
OBJETIVOS - Examinar como o jeans, uma roupa de trabalho usada por mineiros e operários, se tornou um símbolo mundial de juventude e rebeldia
METODOLOGIA
- A partir desse fato corriqueiro do cotidiano - a roupa que se usa -, desenvolver estudos interdisciplinares voltados para o processo de padronização da indumentária e seu significado simbólico.
- Trata-se de examinar o traje do ponto de vista histórico-cultural, e em especial o traje dos jovens, cuja aparência é marca de identificação. O objetivo é perceber, em cada peça de roupa, o entrelaçamento de histórias, culturas e etapas de produção, que vão desde a fabricação dos tecidos, passando pela confecção até a moda, que impõe uma determinada aparência pública, reforçando uma identidade pessoal e grupal, e que move um mercado de trabalho e de consumo.
CONTEÚDO RELACIONADO
Reportagem da Veja: A rebeldia é azul e resistente
Em 1848, o jeans não era "blue", mas "bege". Era feito com a lona dos carroções que atravessavam o território americano de leste a oeste - uma calça resistente, ideal para os caubóis e mineiros que procuravam ouro nos Estados Unidos. O imigrante alemão Levi Strauss patenteou o invento em 1872, que passou a ser feito de brim azul tingido com índigo, uma antiqüíssima tintura natural. Até meados do século XX, o jeans foi basicamente uma roupa de trabalho, vendida a preço baixo graças ao tecido rústico e à produção em série. Mas, depois da Segunda Guerra Mundial, passou a ser usado por jovens no mundo inteiro, homens e mulheres.
No cinema e nos Estados Unidos, o uso de roupas de trabalhador por jovens de classe média tinha um nítido caráter de contestação. No Brasil e outros países, o jeans chegou com outro sinal: longe de ser roupa de trabalho, vendido a baixo preço, era um objeto de desejo inicialmente importado (ou contrabandeado), caro, símbolo do Primeiro Mundo - símbolo de juventude, até hoje visto com reservas em ambientes de trabalho mais formais. Após o deslumbramento inicial, a enorme difusão da calça em países como o Brasil provavelmente se associou a outros aspectos relacionados à juventude: além de ser prático, o jeans é um traje que cola no corpo, realçando as formas: sexy.
Nos anos 70, em pleno regime militar, a liberdade ao alcance de boa parte da juventude brasileira era unicamente a clássica calça jeans. Hoje, temos conceitos e vivências mais ricos de liberdade. Temos até a opção de usar jeans novos e sem desbotar. É uma roupa sem preconceitos, que veste pessoas de todos os lugares, classes sociais, idades e estilos, que vem sendo turbinada com aplicações de silicone, miçangas, paetês, até mesmo detalhes em diamante! Mas o jeans básico, tradicional, predomina por larga margem. Além disso, subsiste a identificação entre jeans e juventude, liberdade e rebeldia.
O vestuário é uma forma de comunicação, por meio da qual os jovens expressam sua personalidade. Ao mesmo tempo que a aparência contesta as regras sociais, indo contra a imposição do adulto, cria uma identificação de grupo em busca de uma identidade. Esse mecanismo está na origem de muitos movimentos diferentes de jovens rebeldes, que surgiram desde os anos 60: hippies, punks, grunges e tantas outras tribos. E também originou a moda jovem, uma das mais bem-sucedidas iniciativas da indústria da confecção. O segmento da moda jovem começou a se fortalecer nos anos 60, quando chegaram à adolescência e à idade adulta rapazes e moças nascidos no pós-guerra, que ocuparam posições nos principais mercados de consumo pessoal e cultural.
Esse fato sociocultural significou uma profunda mudança na relação entre as gerações. Os jovens dessa época tornaram-se um grupo com consciência própria, que impôs seus valores não apenas ao mercado, como também à produção. A ofensiva de sedução dirigida a esse segmento estratégico foi além das campanhas publicitárias: a juventude, até então considerada um estágio preparatório para a vida adulta, passou a ser vista como o estágio final do desenvolvimento humano, ao ponto que os pais passaram a imitar os filhos, revertendo a tendência milenar em sentido contrário.
ATIVIDADES
1- Jeans - Por que a indústria do cinema elegeu uma roupa criada para trabalhadores, no século XIX, para exprimir a inquietação e a rebeldia juvenis - e por que os jovens do mundo se identificaram sem reservas a esse modelo azul e desbotado?
2- Jeans: produto da padronização industrial. Encomende pesquisas sobre a história do jeans em sites na internet e em livros, destacando um fato histórico e econômico fundamental: a produção em série. Os resultados serão apresentados na forma de um trabalho escrito.
3- Jeans: ícone da juventude. Compreender a relação entre o jovem e a roupa que ele usa pode ampliar a visão do aluno sobre os símbolos da juventude, que vão desde a aparência até os valores. Baseado em fotos de revistas desde os anos 60, onde jovens apareçam usando jeans mostrar como a representação da juventude rebelde e contestadora varia com o tempo, no corte, nas cores e nos complementos da roupa jeans.
4- Jeans: o igual e o diferente. Se o jeans nos unifica na aparência, também permite afirmar a individualidade, conferida pela marca, pelo estilo, pelo preço e até mesmo pela personalização que o usuário faz de sua roupa. Num debate sobre esse aparente paradoxo do uso do jeans, lembrar que a sensação de estar usando uma roupa "igualzinha à do pessoal da novela" por vezes é ilusória. Na era da fabricação e do consumo de massa, pequenos acessórios e detalhes de griffe constituem uma marca de distinção de classe, de bom gosto, para quem pode pagar por esse "luxo". Discutir a "ditadura das griffes" e sua influência sobre os alunos.


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PLANO DE AULA DE SOCIOLOGIA - ENSINO MÉDIO – nº08

UM MUNDO DE DIFERENÇAS
CONTEÚDO – Globalização e cultura
OBJETIVOS _Compreender as determinações socioculturais que influenciam o consumo no capitalismo contemporâneo
METODOLOGIA
Pergunte que idéia fazem sobre “globalização”. A partir das respostas, ressalte os sentidos mais comuns associados a essa ideia. Provavelmente, alguns citarão o fato de que, em qualquer lugar do mundo, consomem-se sanduíches McDonald´s e Coca Cola. Ou seja, uma noção muito difundida é a de que as culturas locais tendem a perder importância frente ao que seria uma “cultura globalizada”, carregada de referências comuns que circulam na mídia e no consumo.

INTRODUÇÃO
Se a jabuticaba é coisa nossa, o consumidor brasileiro também é singular: muitas transnacionais admitem que em nenhum dos outros países em que atuam é preciso segmentar tanto os produtos: “O sabão que lava aqui não lava como lá”, é a análise de como os mercados consumidores são muito mais complexos do que o senso comum deixa antever.
A ideia de que com a globalização e a invasão de marcas e empresas internacionais cria-se uma cultura de consumo homogênea em todo o planeta, cada vez mais parecida com a do chamado mundo industrializado, não explica as particularidades do consumo no Brasil e em outros países. De fato, vivemos numa época cada vez mais antenada com a diversidade de nichos como estratégia para ganhar mercados e aumentar lucros. Tais estratégias, entre outras coisas, começam a valorizar as diferenças culturais e a maneira como estas influenciam aquilo que compramos e como consumimos os mesmos produtos, mas de formas diferentes.
Existe associação entre os padrões de consumo à questão da globalização. Esse processo pode explicar fluxos econômicos, mudanças geopolíticas, novas configurações das relações entre os países e até mesmo questões socioculturais.
A relação entre o “local” e o “global” é um dos temas mais discutidos quando o assunto é globalização. Ou seja, como ficam os costumes, valores e ideias de uma região, de grupos menores, quando defrontados com fluxos maiores de signos, como por exemplo, por meio da mídia? Será que grupos indígenas “perdem” sua cultura quando começam a assistir a seriados americanos na TV ou a usar roupas de marcas internacionais?
A questão das diferenças culturais na globalização é muito bem debatida e chama a atenção para o fato de que, na contemporaneidade, vivemos uma ampliação das diferenças, mesmo em contextos nos quais busca-se uma integração econômica e cultural. Isso também acontece na esfera política.
As diferenças culturais não desaparecem com a globalização econômica nem com a multiplicação de mídias (como a internet) nem com o avanço do capitalismo por todas as regiões do planeta. É verdade que, hoje em dia, praticamente não existem grupos isolados e culturas desconhecidas (salvo alguns casos na Amazônia, cada vez mais raros), sendo inexorável um processo de convivência entre todos os grupos. Vários fatores colaboram para isso. Entre eles, destacam-se as necessidades do capitalismo, que avança sem respeitar fronteiras nacionais, diferenças de cultura ou clima, língua etc. O poder de fogo das transnacionais é cada vez maior, ultrapassando o orçamento de diversos países. Tais empresas, ainda que possuam uma sede ou quartel general, ignoram divisões políticas e coordenadas geográficas. Processos produtivos hoje também são internacionais: algumas partes de um produto são feitas em um país, outras em outro, o projeto de design é feito num terceiro, e a montagem final fica para um quarto.
É importante compreender a diferença e as culturas locais tem levado diversas empresas ao redor do mundo a contratar antropólogos para pesquisas de mercado, a fim de identificar nichos e costumes particulares que ajudem a aumentar a aceitação de um produto. Esses profissionais também buscam segmentos ainda inexplorados, com o propósito de antecipar-se à demanda do consumidor.
O que se nota é que o capitalismo globalizado não busca padronizar os produtos nem igualar o consumidor. Frente à necessidade de aumentar sua participação em mercados cada vez mais diversificados, grandes multinacionais buscam adequar-se ao gosto local. A afirmação do senso comum de que o brasileiro prefere produtos importados, ou que copiamos costumes do exterior sem pensar, além de explicitar nossa baixa auto-estima cultural, não representa uma imagem fiel da forma como nos comportamos enquanto consumidores. Ou seja, mesmo quando consumimos marcas e produtos existentes no mundo todo, o fazemos de forma particular, que varia mesmo em diferentes partes do Brasil. A importância desses processos, cada vez mais reconhecida pelas empresas, sugere uma atenção maior para a nossa própria riqueza e diversidade cultural.
ATIVIDADE
Proponha uma investigação, junto a suas famílias, como são consumidos itens levantados na aula que pode mostrar concordâncias ou divergências em relação aos padrões registrados em âmbito regional ou nacional. Essa atividade pode servir para a elaboração de um painel sobre consumo: produtos, rótulos, objetos, costumes, danças, comportamentos, crenças,etc.

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PLANO DE AULA DE SOCIOLOGIA - ENSINO MÈDIO – nº09
CONTEÚDO - IMPORTÂNCIA DO NOME
OBJETIVO - Compreender os valores e intenções envolvidos na escolha dos nomes próprios
METODOLOGIA
Explore-o com os estudantes seus nomes.
Conhecem a origem e o significado de seus prenomes.
Quem os escolheu para eles e por quê?
Se identificam com o próprio nome (incluindo a grafia) ou preferem algum apelido?
INTRODUÇÃO
A dupla sertaneja formada pelos irmãos Mirosmar e Welson teria menor chance de sucesso se não adotasse as alcunhas Zezé Di Camargo & Luciano? Os pais depositam nos filhos algumas expectativas ao optar pelo nome de cada um. Além de abarcar questões sociológicas e culturais, diz respeito a todos nós.
Se a marca Zezé Di Camargo & Luciano tem mais apelo comercial ou artístico do que Mirosmar e Welson, como justificar fenômenos de vendas como Waldick Soriano, Odair José e Genival Lacerda? Será que Frank Sinatra teria gravado a canção Feelings, assumidamente piegas, se soubesse que seu autor, Morris Albert, é registrado como Maurício Alberto?
Do ponto de vista sociológico, os nomes costumam ser uma declaração de intenções dos pais sobre os filhos. Mas as razões pelas quais eles são alterados podem variar bastante:
• De onde vêm os nomes dos jogadores Odvan e Oleúde, zagueiro e um meio-campista vascaíno? Um vem da canção de Roberto e Erasmo intitulada O Divã, e o segundo remete aos cigarros Hollywood, que o pai do atleta fumava.
• Segundo a Bíblia, Abrão, passou a se chamar Abraão porque o 1º refere-se a hebreu e o 2º nome significa Pai de Muitos. Jesus mudou o nome de Simão para Pedro, em alusão à pedra sobre a qual seria edificada a Igreja.
• O campeão de boxe Cassius Marcellus Clay Junior tornou-se Muhammad Ali por razões religiosas e o músico Prince Rogers Nelson trocou seu nome por um símbolo impronunciável porque queria aparecer, mas isso provocou queda de venda dos discos e ele voltou atrás.
• A cantora Sandra Sá acrescentou um “de” entre seu nome e o sobrenome por causa de uma pseudociência chamada numerologia.
• Jorge Ben anexou o sufixo “jor” a seu nome artístico porque era confundido com o americano George Benson, que, pela semelhança, recebia os direitos autorais do brasileiro.
• Zé do Caixão é muito mais famoso do que o cineasta José Mojica Marins, seu criador.
• O imperador Pedro I e toda a nobreza, ostentava um nome quilométrico para atesta sua ascendência secular de seu sangue azul. É como se fosse o pedigree de um animal de raça.
• O ator Luís Roberto Gambine Moreira esperou mais de 15 anos para a Justiça brasileira o autorizar a trocar de nome e ser reconhecido como Roberta Close. Ele foi o pioneiro na mudança de sexo no país e, por isso, abriu um polêmico precedente jurídico.
• O ex-presidente da República utiliza o epíteto Lula, herança de seus tempos de militância sindical. Outros candidatos usam apenas os apelidos nas eleições? Essa informalidade sugere uma imagem populista de nossos políticos ou é uma estratégia de marketing?
• Como os Bráulios reagiram quando se viram sinônimos de pênis? Esse modismo, felizmente passageiro, deveu-se a uma campanha de conscientização sobre os perigos da aids promovida, em 1995, pelo Ministério da Saúde. Em contrapartida, toda Cida (de Aparecida) respira aliviada porque, diferentemente de Portugal, a sigla da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida é AIDS...
• Chico Buarque utilizou o nome falso Julinho de Adelaide, no início da década de 1970, para driblar a censura e compor os versos “Você não gosta de mim, mas sua filha gosta”, da canção Jorge Maravilha — uma provocação dirigida ao então ditador Ernesto Geisel.
• Em várias nações indígenas o nome das pessoas varia conforme a faixa etária e suas características físicas, psicológicas e biográficas. (Citem exemplos).
• Em países onde a maioria da população é católica há mais gente com nome de santo.
• Nomes podem ser “datados”, isto é, entrar na moda e sair dela (novelas por ex.).
ATIVIDADE
Debater as motivações e implicações desses e de outros casos similares e fazer a distinção entre heterônimo e pseudônimo.
Se os nomes podem gerar cacofonias casuais, certos pseudônimos apelam à sonoridade para dizer a que vêm. O escritor Pedro Silva, que sofre de glaucoma, por exemplo, recorre ao pseudônimo Glauco Mattoso ao assinar seus poemas marginais.
Imaginem pseudônimos criativos para si mesmos, com base na personalidade de cada um.
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PLANO DE AULA DE SOCIOLOGIA - ENSINO MÉDIO – nº10

CONTEÚDO - CONSUMISMO
OBJETIVOS
Debater sobre o consumo supérfluo, necessidade e desejo, e exercitar análise de dados
METODOLOGIA
Fazer uma abordagem mesclando o estabelecimento de critérios para distinguir a necessidade e o desejo. Isso é questão de cidadania: levantar prioridades.
INTRODUÇÃO
O consumismo desenfreado e desnecessário é uma doença: a oneomania - mania de comprar. Por isso para segurar o impulso o comprador compulsivo:
- deve evitar andar com cartões de crédito e talões de cheque.
- só deve sair com pouco dinheiro no bolso.
- ter a companhia de um amigo para ajudar a manter o controle. Porque são muitas as tentações. A doença não tem cura, mas tem controle.
A opção por eliminar o consumo supérfluo dá margem a reflexões acerca de nosso modo de vida. A sociedade é esbanjadora em sua natureza. Seu desenvolvimento está associado, muitas vezes, a falsas necessidades que ela estimula no público consumidor.
VOCÊ É COMPULSIVO POR COMPRAS?
O consumismo desenfreado e desnecessário é chamado de oneomania: mania de comprar. Você muitas vezes acaba perdendo o controle comprando mais do que deveria ou poderia? - Já tentou e não conseguiu reduzir ou controlar as compras? Faz compras como forma de aliviar angústia, tristeza ou outra emoção negativa? Mente para encobrir o descontrole ou a quantia que gastou com compras? Tem problemas financeiros causados por compras. Você sai pra comprar uma blusa e lá vê outra peça bonita e compra? Sente uma compulsão por comprar e compra seis blusas, e não usa? Respondeu-se sim a duas perguntas, é possível que você seja um comprador compulsivo.
ATIVIDADES
Você consome por quê? Listar: Inveja, ansiedade, compulsão, vaidade, desejo, modismo, por indução, pra ser igual, pra ser diferente, por necessidade...
Construir uma tabela, com espaço suficiente para incluir quatro colunas. Na 1ª listar com o que costuma gastar a mesada? Conversar sobre hábitos de consumo periódico. Enumerar os produtos que compra com freqüência e os serviços pelos quais geralmente paga: hambúrguer, sorvete, chocolate, lan houses, DVD, cartuchos de games etc.
Na 2ª coluna enfatize as prioridades: classifique a diferença entre necessidade, desejo. Hábitos necessários, supérfluos e indispensáveis e argumentar: atividade cultural importante para formação, convívio social. Verificar as concordâncias - atividades que a maioria considera indispensável - e as disparidades.
Criar um gráfico relacionando as incidências de cada item para relembrar os conceitos.
Na 3ª coluna registrar o custo mensal das diversas atividades.
A 4ª coluna será para o peso correspondente na despesa do mês, calculando os porcentuais em relação ao total consumido.
Aferir níveis de prioridade de cada item, numa escala de 1 a 10, tanto para os essenciais quanto para os dispensáveis. Ressaltar que esses valores são arbitrários e subjetivos, embora possam apresentar coincidências entre a moçada. Desafie a planejar uma redução de 50% do consumo cortando os supérfluos. É possível que isso seja insuficiente e pode exigir a supressão de itens necessários. Isso pode significar abrir mão de metade dos hambúrgueres e um terço dos DVDs, por exemplo. Eleger um caso que reflita a média dos alunos e discuta as possibilidades de redução de gastos. O levantamento pode ajudá-los a compreender a necessidade de estabelecer parâmetros para a tomada de decisões.
Atividades:
Qual a opinião geral a respeito da privação? Entendem o objetivo de tal experiência?


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PLANO DE AULA DE SOCIOLOGIA - ENSINO MÉDIO – nº11

AUTO MEDICAÇÃO
OBJETIVOS
-Revelar o estímulo publicitário a medicamentos incentivando o uso inadequado destes;
-Revelar a presença e os riscos da automedicação;
-Discutir quem são as vítimas;
METODOLOGIA
Selecionar anúncios de medicamentos publicados na imprensa e levar para a classe. Examinar com a turma o consumo de remédios. Perguntar quem na turma costuma tomar remédios sem prescrição médica. Que drogas são essas? São nomes comerciais de analgésicos, vitaminas, antitérmicos, digestivos, antiinflamatórios etc.? E as chamadas terapias alternativas, têm a preferência de alguém? Pedir que sejam listadas.
Divididos em grupos, propor dispositivos eficazes para controlar a comercialização dos medicamentos e alternativas para a cultura da automedicação, inclusive na busca incondicional pela beleza (consumo desenfreado das fórmulas para emagrecer). Quem lucra? Estilistas de moda? Fabricantes de cosméticos? Academias de ginástica?
INTRODUÇÃO
Recorremos cada vez mais à automedicação. O maior indicador dessa prática perigosa é o alerta para o fato de que das 200 fórmulas de emagrecimento existentes no mercado apenas 7 são realmente efetivas. Qual a razão do consumo desenfreado de drogas que prometem um corpo esteticamente perfeito, mas que pode comprometer a saúde do usuário? De quem é a culpa desse problema? Das agências de propaganda, que elaboram anúncios irresistíveis? Dos médicos, que as vezes confiam na publicidade e receitam aos pacientes? Ou dos pacientes que sucumbem à ditadura dos corpos perfeitos em detrimento do próprio organismo?
Passos significativos dados pela medicina, como a invenção de vacinas e a descoberta de antibióticos, trouxeram benefícios para o bem-estar humano, principalmente no aumento da expectativa de vida. Se por um lado os avanços do setor ainda não minimizaram a angústia diante da morte, por outro aumentaram a "medicalização" da vida. Esse quadro pode ser agravado com a promessa de solução para problemas que vão além daqueles ligados à saúde, especialmente os que envolvem estética e prazer físico.
Os medicamentos são gênero de primeira necessidade, e muitas vezes seu uso é questão de vida ou morte, mas não podem ser avaliados pela mesma lógica comercial que rege outros produtos. Recentemente, o médico Drauzio Varella alertou para o fato de que as propagandas de vitaminas induzem os compradores a gastar dinheiro, as vezes escasso, quando esse deveria ser usado para a aquisição de alimentos.
A legislação que regulamenta a fabricação e o comércio de remédios precisa de mais rigor no controle de tantas drogas para emagrecer. No site da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) há uma lista de medicamentos que podem ser comprados sem receita. Há medicamentos que foram proibidos em outros países (por causa dos riscos que oferecem à saúde) e continuam legalizados aqui. Será que as nações ditas pobres e os interesses corruptos inerentes às mesmas não resistem à pressão dos grandes laboratórios internacionais? Isso acaba afrouxando o controle governamental em benefício dos lucros das corporações.
O rigor americano faz com que todo novo medicamento deva provar sua eficácia e segurança antes de ser colocado no mercado. Nenhuma droga é absolutamente segura no entender da FDA, agência que regula a circulação de alimentos e remédios no país que decide, após uma avaliação minuciosa, se os estudos submetidos pelo patrocinador (geralmente o fabricante) mostram segurança e eficiência para o uso a que o produto se propõe. Quando os benefícios proporcionados por um medicamento em fase de experiência superam os riscos conhecidos, é considerado aprovado, só ai pode ser comercializada.
ATIVIDADES:
-O poder econômico dos grupos farmacêuticos pode aliciar os médicos? E esses, não confiam demais nas propagandas dos laboratórios? Isso explica por que muita gente receita fórmulas potencialmente danosas à saúde humana?
-Será que se chega ao ponto de tomar pílulas para satisfazer desejos? Que medicamentos tem grande visibilidade comercial, do tipo que as pessoas compram antes de ser e fato necessário?
-Não fica evidente que essas drogas, freqüentemente enaltecidas em programas populares da TV, estão sujeitas à lógica do mercado?

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PLANO DE AULA DE SOCIOLOGIA - ENSINO MÉDIO – nº12
ALCOOLISMO
OBJETIVO
-Revelar que o consumo da mídia a bebidas incentiva o uso inadequado;
-Discutir quem são as vítimas do alcoolismo;
METODOLOGIA -
• Mostrar como age o álcool no corpo humano;
• Os perigos e riscos do vício;
• O que leva o indivíduo a beber e porque é difícil parar;
• Analisar o consumo de álcool na sociedade droga de consumo lícito.
APOSTILA
Poucos associam o hábito de beber a uma doença. Por não ser proibido o problema começa em casa, e a fronteira entre o aceitável e o excesso favorece o vício. A doença se instala quando há abuso do álcool e a pessoa continua a beber em grandes quantidades, mesmo quando este tipo de comportamento traz problemas para sua vida. Com o passar do tempo, problemas de saúde como doenças do coração, fígado, pâncreas, aparelho digestivo, pressão alta, sistema nervoso, câimbras e formigamentos, memória, produção de hormônios sexuais, certos tipos de câncer aparecem e até morte. A doença pode dar origem a outras inúmeras complicações e sensações desagradáveis como alterações motoras, na fala, delírio, tremores, alucinações, convulsões, náusea, vômito, dor de estômago, de cabeça, cansaço, irritabilidade, suor e sede em excesso, fraqueza, comprometimento da capacidade de pensar, julgar, mudança no comportamento, agressividade, hostilidade, transtorno bipolar, euforia, obsessão, esquizofrenia, síndrome do pânico e até coma. Só um médico pode fazer o diagnóstico. Há uma distinção clínica entre quem tem problemas com bebidas e quem é viciado. A dependência envolve sintomas de abstinência e aumento da tolerância ao álcool. Consumir bebidas continuamente pode levar a dependência.
O alcoolismo é a necessidade física e emocional de bebidas alcoólicas para se sentir bem. É a perda de controle no consumo da bebida. Nem sempre quem bebe demais é um alcoólatra. O alcoólatra é quem não consegue parar de beber ou controlar a quantidade. Bebem escondido ou mentem sobre a quantidade. O álcool passa a controlar sua vida. Com o tempo, a tolerância à bebida aumenta e é preciso beber cada vez mais para ter os efeitos do álcool e passa a deixar relações profissionais e afetivas em segundo plano.
O tratamento exige terapias, acupuntura, medicamentos que tiram a vontade, o prazer de beber e muita força de vontade. Conviver com dramas parecidos num grupo de apoio faz lembrar que a doença é incurável, mas pode ser controlada. É difícil conviver com um familiar alcoólatra. É preciso encorajá-la a buscar tratamento, pois se recusam a pedir socorro.
É impossível falar em uma única causa para a dependência. A genética predispõe ao vício, mas é menos decisivo que a personalidade e as influências do ambiente. A depressão, ansiedade e problemas familiares são os principais desencadeadores da doença. O problema aparece em qualquer faixa-etária, mas atinge principalmente jovens entre 20 e 30 anos.
É mais grave para as mulheres: O impacto na gravidez é imenso: recém-nascidos nascem com baixo peso, atraso no desenvolvimento, problemas neurológicos, deficiências na aprendizagem e memória, retardo mental, má formação. Os efeitos do álcool diferem muito no organismo do homem ou da mulher e tendem a ficar mais concentrado e por mais tempo no organismo feminino. Diferença de hormônio, enzima, peso e a quantidade de gordura modificam e retardam a absorção do álcool. Como mulheres têm menos peso, o álcool provoca maior efeito nelas: a metade da dose de um homem apresenta o mesmo nível de embriaguez. Comidas gordurosas atrasam a absorção do álcool e o jejum potencializa o efeito. A concentração que vai para o sangue depende da dose tomada, da quantidade de comida no estômago, da massa corporal e o metabolismo da pessoa. Quando passa para a corrente sangüínea, nada mais pode interferir em seus efeitos.
Quase 70 anos depois da criação da CLT foi proibida a demissão por justa causa de trabalhadores e funcionários dependentes de álcool e apresentação de sintomas de abstenção: comportamento incontinente e insubordinado, além de garantir ao empregado auxílio-doença em razão de sua doença. A demissão só será permitida se o tratamento for recusado. O alcoolismo não é tido mais na conta de uma falha moral e foi reconhecido como uma severa e altamente incapacitante moléstia.
O Brasil é um dos 20 países que possuem a legislação mais rígida sobre o tema. Na América do Sul, a tolerância brasileira do álcool no transito só fica atrás da Colômbia, onde o limite é zero. Aqui beber não é infração: é crime de trânsito. O venda de bebidas em rodovias federais é proibido. O consumo de qualquer quantidade de bebidas alcoólicas ou outra substância psicoativa sujeita o condutor a multa de quase mil reais, perda da carteira por 1 ano, retenção do veículo. Além do limite pode levar a 3 anos de prisão. A margem de tolerância será de duas decigramas por litro de sangue, mas não há limite seguro para dirigir após beber. A metabolização do álcool varia de indivíduo para indivíduo. O motorista suspeito será submetido ao bafômetro, testes de alcoolemia por exames clínicos, perícia, exames técnicos ou científicos, mas há uma recusa de 20%. Ninguém será preso por isso, mas a infração pode ser constatada por sinais de embriaguez: excitação, euforia, perda de reflexos, confusão mental, desequilíbrio corporal, inconstância no modo de dirigir; desrespeito às faixas de sinalização; ziguezaguear na pista, acelerar muito, frear bruscamente, insegurança, lentidão injustificada, mudança brusca de faixa, não sinalizar; avançar sinais fechados.
O álcool é responsável por 30% dos acidentes de trânsito e potencializa a gravidade dos acidentes. Pelo menos 38 mil pessoas morrem em decorrência de acidentes por ano. O tema passou a ser questão de segurança e saúde pública. O conjunto de medidas fez o número de motoristas alcoolizados envolvidos em acidentes cair de 50% nos anos 1970 para 20% atualmente. Com este cenário preocupante, a sociedade deve se mobilizar contra os perigos do álcool na direção. O Governo age, mas é indispensável a participação da sociedade.

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PLANO DE AULA DE SOCIOLOGIA - ENSINO MÉDIO – mº13

VÍCIO NO CIGARRO
OBJETIVOS
-Revelar os riscos Do vicio;
-Discutir quem são as vítimas;
METODOLOGIA
Dividir em equipes para que cada um apresente um tópico.
APOSTILA - Cigarro: apague essa idéia
A terra possui: 05 oceanos, 07 mares, 06 continentes, 500 milhões de km². Com tanto lugar no mundo, você tinha que vir fumar logo aqui?
HISTÓRIA - O uso do tabaco surgiu aproximadamente 1000 a.C. nas sociedades indígenas da América Central, em rituais mágicos e religiosos. A planta chegou ao Brasil provavelmente pela imigração de tribos tupis-guaranis. Quando os portugueses chegaram já tomaram conhecimento do tabaco com os índios.
Prisão, tortura e decapitação, nem os mais drásticos métodos repressores impediram a disseminação do cigarro no "mundo civilizado" nos últimos cinco séculos.
CIGARRO – é uma droga com propriedades psico-activas que causa dependência física e psicológica. Após a tragada a nicotina atinge o cérebro entre 7 à 19 segundos. 20 cigarros/dia com uma média de 10 tragadas por cigarro = 200 tragadas = 200 IMPACTOS CEREBRAIS e 73 mil impactos por ano. Esse efeito cerebral só é comparado a cocaína ou heroína.
COMPOSIÇÃO - O fumo tem mais de 4720 substâncias tóxicas, 80 das quais são cancerígenas. A nicotina é a substância que vicia. È adicionado amônia e acetona para facilitar e aumentar a absorção de nicotina pelo pulmão e pelo cérebro. Tem Benzopireno, derivado do petróleo, substancia altamente cancerígena, é usado para que o papel do cigarro queime de maneira uniforme e a cinza não se fragmente. O Alcatrão, altamente cancerígeno, causa enfisema pulmonar, bronquite crônica, ulceras no estômago e duodeno. Os metais pesados (chumbo e cádmio - 1 a 2 miligramas por cigarro) concentram-se no fígado, rins e pulmões, perdendo a ventilação pulmonar, causando fibrose pulmonar e hipertensão. A pólvora é incluída para facilitar sua queima, com isso, quando se traga, a brasa chega a aproximadamente 900o C. O monóxido de carbono toma o lugar do oxigênio e intoxica o organismo. Tem ainda substâncias radioativas como Polônio 210 e Carbono 14 que causam lesões no material genético das células; Fósforo P4 (Veneno para ratos), Formol (Conservante de cadáver), Acetona (Removedor de esmalte), Naftalina (Eficiente mata-baratas), Terebintina (Diluidor de tinta à óleo), Amônia (Desinfetante para pisos, azulejos e privadas)
VICIO - é o ato voluntário de inalar o fumo da queima do tabaco – independente da qualidade, quantidade ou frequência. É uma doença crônica de dependência química. Faz parte do grupo de transtornos mentais e de comportamento decorrentes do uso de substância psicoativa da OMS 1997. Não se fuma por prazer. Se fosse 2 a 3 cigarros bastariam: o resto é automatismo, dependência, escravidão à nicotina.
DIAGNOSTICO –Fumante é quem já fumou mais de 100 cigarros, tem desejo ou compulsão para fumar, dificuldade de controlar o uso. Na ausência ou diminuição apresenta reações físicas, ansiedade, distúrbio do sono, depressão e convulsões (abstinência fisiológica). Tem necessidade de doses cada vez maiores (tolerância) agrupando a outros prazeres e interesses persistindo no uso apesar das conseqüências.
DIMENSÃO DO PROBLEMA – É a maior causa isolada, evitável de mortes precoces do mundo (OMS) numa estimativa de 5 milhões de mortes no mundo por ano. Corresponde a mais de 10 mil mortes por dia, sendo 200 mil no Brasil: 1 morte a cada 8 segundos!
FUMANTE PASSIVO – Inalação de fumaça por indivíduos não-fumantes, que convivem com fumantes em ambientes fechados. São mais susceptíveis aos efeitos as crianças e grávidas. Embora seja pior ser fumante ativo, um fumante passivo é mais vulnerável ao fumo porque seu corpo não cria defesas contra os efeitos agressivos do fumo. Níveis de cotinina em não-fumantes que convivem com fumantes de mais de 40 cigarros por dia é idêntico ao de fumantes de 3 cigarros por dia. O tabagismo passivo é a 3ª maior causa de morte evitável no mundo, subsequente ao tabagismo ativo e ao consumo excessivo de álcool (OMS).
EFEITOS - É uma droga estimulante e aumenta a atividade mental, afetando o cérebro, fazendo com que funcione de forma mais acelerada. Causa uma reação química que aumenta o consumo de energia, cerca de 200 por dia; afeta a atividade da serotonina e dopamina, substâncias neurotransmissoras do controle da fome. Na abstinência há fome mais freqüente. Acalma morbidades psiquiátricas como depressão e estresse
Fumantes adoecem com mais frequencia e 3 vezes e meia mais que os não fumantes. É fator de risco para cerca de 50 doenças: 90% dos casos de câncer no pulmão; 85% das mortes causadas por bronquite e enfisema; 30% das mortes decorrentes de outro câncer; 45% das mortes causadas por doença coronariana; 25% das mortes causadas por infarto do miocárdio; 25% das doenças vasculares (AVC). É responsável por alto índice de catarata e cegueira, câncer de nariz, boca, garganta, língua, pulmão, estômago. Causa infecções respiratórias, trombose, hipertensão arterial, osteoporose, úlcera, diminuição na produção de fibras colágenas e elásticas favorecendo a flacidez; aumenta em 3 vezes a chance de necrose de pele e gangrena nos pés. Baixa oxigenação das glândulas salivares prejudicando na lavagem natural da boca, forma rugas ao redor dos lábios, amarela os dedos, escurece os dentes, favorece a celulite, dificulta a cicatrização após cirurgias. No pênis acontece o mesmo que nas coronárias: deixa as artérias entupidas, com pouca dilatação, o que reduz o fluxo sangüíneo – resultado: disfunção erétil, impotência.
ONDE? - A maioria dos fumadores começa a fumar na escola, bares; salões de jogos e na rua.
QUEM? 1,1 bilhão de pessoas são fumantes: 800 milhões nos países em desenvolvimento e 300 milhões nos países desenvolvidos. No mundo 47% dos fumantes são homens e 12% mulheres, sendo que nos países em desenvolvimento 48% são homens contra 7% e nos países desenvolvidos 42% são homens contra 24% mulheres. 90% dos fumantes iniciaram seu vício antes dos 16 anos.
POR QUÊ? Modelos de comportamento: pais, amigos, professores, ídolos. Fácil acesso. Publicidade direta ou indireta constante. Ansiedade, stress, solidão ou tristeza, timidez, curiosidade, pra parecer mais adulto, chamar a atenção, dar estilo, relaxar, sensação de sucesso, sensualidade, por ser proibido, auto-afirmação, liberdade, ritual da moda ou por se achar capaz de parar ou achar difícil parar.
INSTALAÇÃO DO VÍCIO – No inicio provoca náuseas, tonturas, vômito e cefaléias. Na abstinência há dor de cabeça, irritação, ansiedade, perda de sono, aumento do apetite, dificuldade de concentração, agressividade. Depois começa a estabelecer condicionamentos e associações automáticas: cafezinho, bebidas, durante atividades intelectuais, após as refeições e relações sexuais. A manutenção do vicio se dá por aceitação social, dependência psicológica, evitar a síndrome de abstinência, evitar ganho de peso.
APOIO AFETIVO - É preciso esclarecer que o fumante não é um sujo, um viciado, um fraco, um mal educado... É alguém que contraiu uma doença, uma dependência e que precisa de apoio e compreensão. É preciso ter uma postura de empatia e acolhimento: ele é uma vítima de um contexto social que o fez começar a fumar, sem a noção dos riscos.
O tabagismo é uma dependência: o fumante precisa da nicotina para inibir sintomas da síndrome de abstinência e lidar com situações de estresse e ansiedade. É preciso uma postura de conciliação, estimulo e apoio na decisão de parar de fumar para seu próprio bem e das pessoas com quem vivem. Eles devem ser abordados com respeito, sem agressividade. O objetivo não é persegui-los, mas apoiá-los no processo de parar de fumar, e consequentemente preservar a saúde. É preciso ter atitudes agregadoras, não conflitantes, envolver fumantes em atividades onde predominem o bom-senso e a preocupação com o bem estar comum.
APOIO POLITICO- Foram criadas leis para conscientizar sobre os malefícios do tabagismo, regular a disponibilidade dos produtos do tabaco, garantir a proteção à saúde, o direito e bem-estar dos não-fumantes: Foi proibido fumar em locais fechados coletivos, privados ou públicos, restringida a propaganda comercial do fumo e seus derivados em mídia, eventos esportivos e artísticos e sem a participação de crianças ou adolescentes. Inseridas advertências e gravuras em maços de cigarros. O governo perde em impostos e ganha em presença ao trabalho, produtividade, gastos com doenças, aposentadoria precoce e danos ao ambiente.
DEIXAR O VICIO: Deixar de fumar é um processo: leva tempo. A média de tentativa por fumantes é de 3 a 4 vezes antes de parar definitivamente. É preciso ter consciencia que fumar é mais perigoso que alguns quilos a mais e que vontade de fumar não dura mais que 5 minutos
BENEFÍCIOS DE PARAR- Após 20 minutos a pressão sangüínea e o pulso voltam ao normal; em 8 horas o monóxido de carbono é eliminado completamente do organismo e aumenta o nível de oxigenação; em 24 horas o risco de acidente cardíaco diminui; em 48 horas melhora do paladar e o olfato; em 72 horas a respiração é mais fácil e a disposição aumenta; em 2 semanas: melhora a circulação sanguínea; De 1 a 9 meses melhora a tosse, ronquidão, fadiga e falta de ar. Com 1 ano os ricos de doenças cardíacas caem pela metade; com 5 anos a taxa de mortalidade por câncer diminui em 50% e com 10 anos o risco de infarto fica igual ao de quem nunca fumou.
DICAS- É preciso identificar situações que levam a fumar e mudar a rotina: ficar sem cigarro, evitar tomar café e bebidas alcoólicas, beber muita água ou suco, avisar os seus amigos da intenção de parar, assim eles podem ajudar. Evite ficar próximo de pessoas, situaões e coisas que lembrem o ato de fumar; recuse cigarros ofertados por amigos: Se alguém o tentar convencer, diga: "Não, obrigado, deixei de fumar". Substitua o vício pela prática de um exercício físico, um hobbie: cantar, dançar, ver TV, navegar na net, passear, ler. Adote um estilo de vida saudável, escove os dentes imediatamente após as refeições, carregue alimentos de baixa caloria: chiclete ou bala dietética, cravo, canela, biscoitos, frutas... Até o ritual do cigarro apagado pode. Dieta só quando estabilizar. Troque também os lençóis, lave o carro, tire os cinzeiros e isqueiros da casa. Converse com quem parou de fumar sobre as dificuldades superadas. Ao sentir vontade de fumar lembre-se das razões que o levam a não fumar.
TRATAMENTO – É feito a base de psicoterapia, acupuntura, antidepressivos, spray nasal, reposição de nicotina com adesivo transdérmico (liberação lenta e contínua na corrente sangüínea) ou goma de mascar (Absorção não contínua: menor aderência ao tratamento). Efeitos colaterais: irritação, náuseas, vômitos, hipersalivação, diarréia. O apoio medicamentoso é para pessoas que fumam 20 ou mais cigarros por dia, fumam o 1º cigarro até 30 minutos após acordar e fumam no mínimo 10 cigarros por dia. Também os pacientes que tentaram parar com abordagem cognitivo-comportamental, e não conseguiram pelos sintomas de abstinência insuportáveis e não tem contra-indicações clínicas.
ATIVIDADES:
-O homem nasce num contexto de tradições sedimentadas há tempos, onde o fumo é considerado natural. É a herança cultural. A maioria dos grupos ativistas antitabaco são dos Estados Unidos. O que explica tal fato?
-A mídia no processo de glamorização do cigarro exerce influência na nova geração?
-A indústria do tabaco movimenta cifras bilionárias no mundo, gera empregos, paga impostos e patrocina eventos esportivos e culturais. Esses argumentos justificam sua aceitação?
-Os impostos mais altos pagos ao governo compensam os malefícios causados ao homem?
-Por que as pessoas fumam, fracassaram na tentativa, guardaram distância do cigarro ou deixam de fumar?
-Que ações eficazes para inibir o tabagismo podem ser aplicadas em grande escala?
-Questione a atual postura do governo brasileiro e da sociedade em relação ao problema.
-Confinar os fumantes em espaços exíguos no ambiente de trabalho é uma solução? O que dizer da proibição em bancos, supermercados, shopping centers e transporte coletivos?
-Os jovens compactuam com o patrulhamento dos politicamente corretos?
-Analise os direitos de quem fuma e de quem abomina. Há uma saída consensual? Qual?
-Porque é difícil parar de fumar mesmo sabendo do risco x benefício dos envolvidos?
-O que leva as pessoas a fumar e por que é difícil parar
-Quem são as vítimas da fumaça e quais suas conseqüências?

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PLANO DE AULA DE ENSINO MÉDIO – nº 14

CONTEÚDO - DROGAS
OBJETIVO
Refletir sobre a presença e os riscos das drogas no mundo atual
INTRODUÇÃO
Droga significa: "Medicamento ou substância entorpecente, alucinógena, excitante etc. (como a maconha e a cocaína), ingeridos, em geral, com o fito de alterar transitoriamente a personalidade".As pessoas vivem pressionadas pela necessidade de romper os próprios limites, pela exigência de auto-superação. Esse descontentamento se dá nas mais diversas áreas física, intelectual e econômica. Aí pode residir também a explicação para o uso e o abuso das drogas. Nesse sentido, nossas conquistas científicas, tecnológicas, artísticas e esportivas, entre outras, tornam-se respostas produtivas para a busca humana por transformação. Embora nem todos sejamos cientistas, artistas ou atletas, a vontade de ser "mais" e "melhor" é geral.
Muita gente, insatisfeita com sua condição, mergulhou no mundo das drogas para depois, com grande dificuldade, superar o vício. Outros fatores determinam a dependência das drogas psicoativas, assim como outros aspectos envolvidos na questão.
Quanto ao emprego, essas substâncias podem envolver usos terapêuticos e recreacionais ou levar à dependência. No último caso, o uso vira abuso. Por suas funções, as drogas dividem-se em estimulantes, depressoras e alucinógenas. As estimulantes aumentam a atividade mental, ao contrário das depressoras. As anfetaminas enquadram-se na primeira categoria e os ansiolíticos na segunda. Já as alucinógenas, como o LSD, modificam por completo o padrão da atividade mental. A expressão droga psicoativa diferencia os chamados tóxicos, que transformam o psiquismo, das demais substâncias medicamentosas.
A predisposição orgânica prevalece como causa da dependência. É preciso pensar nos aspectos psicológico e social do problema. Há uma multicausalidade em jogo. Às vezes, a afirmação perante um determinado grupo social torna-se a porta de entrada para o universo das drogas. Outros fatores podem influenciar: alternativa contra a timidez, alavanca para alterações do humor etc.).
É unânime, entre os ex-dependentes, a idéia de "tentação" constante. Eles carregam por muito tempo um resíduo do vício. É preciso refletir sobre a ligação entre o prazer e o mal-estar. O diálogo, confiança e solidariedade dos entes queridos são fundamentais na recuperação de um dependente. O vício é, sim, uma doença e precisa ser tratada como tal.
ATIVIDADES
-Fazer a distinção entre drogas legais - como o tabaco - e ilegais - o crack, por exemplo.
- Se o fenômeno atravessa os diversos extratos socioeconômicos, por que o tratamento de toxicômanos das classes abastadas é muito mais eficaz?
- Como se explica a ampla predominância masculina entre os viciados? O homem seria mais vulnerável às drogas que a mulher? Por quê?
- Questione a legitimidade ou não do comércio legal do álcool, apontado como o grande vilão da dependência.
-O que torna as bebidas alcoólicas e os derivados do tabaco mercadorias socialmente aceitáveis?
-Do ponto de vista econômico, a proibição ou a liberação do consumo da maconha interessa a que grupos?
Seus alunos já conviveram com colegas dependentes ou em tratamento? Havia preconceito e desinformação a respeito? O que eles fariam se fossem pais ou professores?


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PLANO DE AULA DE SOCIOLOGIA - ENSINO MÉDIO – nº15

CONTEÚDO – MORTE - A DOR DO ADEUS
OBJETIVO - Perceber que a maneira de encarar a morte varia de acordo com as tradições culturais, a camada social e o período histórico
INTRODUÇÃO
Se "viver é muito perigoso" o que é morrer? Algo mais perigoso ainda? Sinônimo de paz, depois dos perigos da vida? Uma passagem para a imortalidade da alma? O “ato derradeiro”, para o qual “viver é um exercício”? Seja qual for a resposta, não é fácil encarar o destino inevitável de todos os seres vivos. Sabemos que a morte faz parte da vida e está sempre presente no mundo real e no mundo simbólico - nas ruas das grandes cidades ou no campo, e também no cinema, na música, na literatura. Na vida social e privada mexe com fortes sentimentos primordiais como amor e ódio, culpa e sofrimento, decadência do corpo e ânsia de imortalidade. Não por acaso, os mais diversos contextos religiosos procuraram lidar com essas idéias e emoções. E hoje, quando as crenças tradicionais já não exercem tanta influência sobre os comportamentos individuais e coletivos, talvez encaremos a perspectiva de nossa morte e do desaparecimento daqueles que amamos com mais dúvidas e mais temor do que as pessoas das gerações passadas. O exercício do adeus oferece estratégias para o exame da dimensão interligada entre a vida e a morte que há milênios nos intrigam e fascinam.
O ritual de passagem da vida para a morte percorreu no Brasil o caminho do espetáculo público ao trauma silencioso e reprimido. A morte de um ente querido era uma ocorrência pública que devia ser chorada e lamentada em reuniões sociais com regras bem claras. Os velórios nas casas duravam a noite inteira; com o choro das carpideiras, conversas, maledicência, o riso de crianças brincando, e também comida, bebida, velas, flores, espelhos cobertos com panos pretos. Nesse período, a religião exercia forte influência sobre a vida e sobre a morte. A comunidade se estruturava em torno das igrejas, e as pessoas eram enterradas em seu interior ou atrás delas. Mais tarde, o aumento da população, a vida urbana e o desenvolvimento da medicina sanitária afastaram os cemitérios para longe do convívio social. Os rituais da morte saíram do domínio da religião e passaram para o domínio da ciência, de modo que o momento da morte passou a ser silencioso, solitário e asséptico, nas UTIs dos hospitais. Os velórios ocorrem hoje, na maioria dos casos, nos hospitais ou cemitérios: tornaram-se um ato quase burocrático, realizado sem a presença de crianças. O luto mostrado na roupa preta ou tarjas pretas nas roupas não são mais cobrados. O enfraquecimento do ritual do luto associado à vida moderna reduz a capacidade de recuperação das pessoas que sofreram o trauma da morte de alguém querido. A sensação de culpa é mais forte e persiste por mais tempo entre os enlutados que não participaram de cerimônias fúnebres.
Há também diferenças culturais na arte tumular: cemitérios judeus têm túmulos mais austeros do que os predominantemente católicos, por exemplo.
Igrejas coloniais foram erguidas e/ou financiadas por autoridades para diferenciar mortos segundo a raça, com associações separadas para brancos e negros.
ATIVIDADES
-Que tipo de crime está ligado a funerais?
-Como a sociedade atual urbana, consumista e tecnológica concebe a morte?
-Quais são os rituais de morte com que vivemos?
-Quais as diferenças entre os rituais nos grandes e pequenos centros urbanos?
-Quais as diferenças entre os rituais nos funerais da classe alta, média e baixa?
-As chacinas, a apresentação cotidiana da morte mela mídia banaliza a morte?
-A sociedade da maior ênfase aos crimes que atingem a classe média que a periferia?
-Há diferença nas causas e formas da morte entre as classes sociais.
-Que sentimentos estão ligados à morte?
-A depressão seria uma espécie de morte?
-Que símbolos de morte o assusta?
-Em que medida a tendência a praticar esportes radicais e, em menor escala, o uso de drogas estariam associados à “sensação de imortalidade” característica dos jovens?


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