segunda-feira, 3 de maio de 2010

PSICOLOGIA NO CONTEXTO EDUCACIONAL

ATIVIDADE DE COMPLEMENTAÇÃO ORIENTADA
PSICOLOGIA NO CONTEXTO EDUCACIONAL
Discente – Maria Ângela Afonso Pereira

Mapa Informacional do Texto
A resenha foi feito a partir do texto foi baixado da internet no site do www.4shared.com AFETIVIDADE E COGNIÇÃO

Desenvolvimento do Inteligência e Afetividade na Teoria de Jean Piaget
Analisando as concepções sobre o tema noto que a inteligência e afetividade se articulam e se confrontam, e suas características convivem entre si. Para entender essa relação, analiso o estudo de Jean Piaget sobre a inteligência humana. Inspirado na definição de que a moral é um sistema de regras e a essência de toda moralidade está no respeito que o indivíduo adquire por estas regras, que podem ser herdadas, culturalmente, ou modificadas de acordo com o ambiente em que o indivíduo for posto não como um comportamento imposto mas como normas de relacionamento e respeito entre os indivíduos. A modificação das regras se faz necessária quando a pessoa quer participar das atividades coletivas evitando o máximo de atrito entre si.
Piaget formulou a hipótese de que o desenvolvimento da inteligência na infância é baseado em deveres morais, impostos por adultos, que ela deve seguir para sucesso de sua socialização. Quando desrespeitados encontrará problemas na relação com o outro. Para comprovar esta hipótese, Piaget investigou a atuação julgadora da criança com relação ao dano material, a mentira e o roubo. O resultado desta atividade confirma a existência de uma fase de heteronomia no desenvolvimento do juízo moral traduzida no realismo moral. As normas morais não são elaboradas, ou reelaboradas pela consciência. Não são entendidas a partir de sua função social. Há uma concepção objetiva da responsabilidade, ou seja, julga-se pelas conseqüências dos atos e não pela intenção daqueles que agiram. A superação deste realismo moral. Piaget termina suas pesquisa sobre o estudo da moralidade infantil analisando como a “justiça”. Como deve-se avaliar, interpretar um comportamento nas diversas situações sociais respeitando as condições particulares de cada um. A noção de justiça envolve responsabilidade, igualdade, autoridade, idéias de proporção, peso, compensação, equilíbrio. É a mais racional de todas as noções morais, por isso mesmo a mais confundida pela criança. Elas acreditam que toda infração será castigada, quer seja pela ação de outra pessoa, pela natureza, por imposição divina e quanto mais duro o castigo, mais justo ele é e se foi decretada por um adulto é porque é "justa" e deve ser obedecida. Elas podem até achar alguma sanção injustiça, mas tem certeza que deve ser obedecida.
Piaget conclui com a idéia de duas morais na criança e os tipos de relações sociais e procura explicar as razões pelas quais o desenvolvimento moral da criança recebe uma lei que se deve submeter (heteronomia) e depois passa a alcançar autonomia.
Piaget propõe sua própria teoria, vez que a psicologia não se propos a mostrar que o desenvolvimento seja dado de antemão pela própria "natureza humana", mas seus argumentos limitam-se a ir de encontro àqueles que o reduzem à mera interiorização, por parte da criança, de idéias e padrões de conduta impostos pela sociedade.
AS DUAS MORAIS DA CRIANÇA E OS TIPOS DE RELAÇÕES SOCIAIS
Para Durkheim o desenvolvimento intelectual e moral decorre de uma interiorização, pela criança, da cultura vigente. Para Piaget o sujeito participa ativamente de seu desenvolvimento moral e intelectual e a autonomia do indivíduo perante a sociedade é postulada e defendida. Piaget discute com Émile Durkheim e Pierre Bovet a respeito da moral (Sociologie_et_Philosophie (Paris, PUF, 1974a e L'Éducation_Morale-Paris, PUF, 1974b) “Todo ato moral envolve obrigatoriamente dois aspectos: o dever e o bem. O dever corresponde ao sentimento de obrigatoriedade ante uma regra moral, e que nos faz a ela obedecer: "Assim, há regras que apresentam esta característica particular: não realizamos certos atos por ela proibidos simplesmente porque elas o proíbem. É o que chamamos de caráter obrigatório da regra moral.” (1974a, p. 61). Durkheim reconhece o dever como um fim em si mesmo, como Kant, mas separa radicalmente Razão e Sensibilidade. Não concorda que o respeito as regras tenha ligação com as emoções mas exclusivamente com a Razão. "Perseguir um fim que nos deixa frios, que não nos parece bom, que não toca nossa sensibilidade, é psicologicamente impossível", escreve Durkheim (ibid, p. 62). Assim, além da obrigatoriedade, toda regra moral tem que ser boa e não imposta para ser obedecida. O dever e o bem devem ser pensadas em conjunto. No entanto, Durkheim reconhece que imposição e desejo pode ser uma contradição.
Para Durkheim, a sociedade é o que melhor representa uma coisa imposta e desejada ao mesmo tempo, porque ela protege a convivência social regulando o comportamento e conservando o respeito entre todos. É uma realidade que pensa no coletivo e nos ultrapassa (...) “Ao mesmo tempo que nos ultrapassa está dentro de nós, já que não pode viver a não ser em nós e por nós”. (ibid. p. 73-74). Continuamos tendo autonomia moral mesmo obedecendo as regras sociais, pois elas nos são uteis. Por isso elas são passadas de geração a geração com algumas atualizações essenciais e sua transgressão deve ser punida.
Piaget concorda com Durkheim que a moral é um fato social, portanto, uma consciência individual não seria capaz de elaborar e respeitar regras morais. Para ele não existe o Indivíduo, pensado como unidade isolada, mas relações sociais, que podem ser diferentes entre si produzindo efeitos psicológicos diversos. Piaget divide as relações interindividuais em duas grandes categorias: a coação e a cooperação. A coação não deve ser entendida como uma tirania exercida por uma pessoa ou por uma instituição. Um bom exemplo de relação social de coação é dado pela família: os pais impoem regras por proteção e carinho.

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